𝟬𝟰. Carreira antes de compromisso

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Sina Deinert

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Sina Deinert


Acordar cedo é algo que ainda está enraizado em meu subconsciente, e que este período de folga certamente irá desregular em poucas semanas.

Por hora, mesmo após uma noite de comemoração a apresentação ovacionada da turma de Sabina e marca da nossa sobrevivência de mais meio ano de faculdade, vou ganhando consciência alguns segundos antes do despertador em meu celular começar a tocar.

Deslizo o dedo na tela para desativá-lo e seguro o aparelho na minha frente até meus olhos se ajustarem e conseguirem ler o lembrete que o acompanhava.

"Entregar D&Z hoje às 09h"


Ainda poderia me permitir mais duas horas de descanso.

Largo o celular de volta na mesa de cabeceira e me movimento na cama a fim de tentar achar uma posição confortável para tirar um cochilo.

Isso até um braço envolver minha cintura sob os lençóis.

Merda...

Uma olhada por cima do ombro me confirma ser Theo, plenamente adormecido e com o peito desnudo à vista, a barra da cueca aparecendo fora da cobertura do lençol. Eu não estou muito longe, sentindo o tecido diretamente contra minha pele nua.

Bom, não foi um incidente de uma noite bêbados quando nós dois estávamos cientes e tivemos a intenção. Sermos amigos coloridos ocasionava nisto. Às vezes ele acordava em minha cama, às vezes eu acordava na dele, e tudo bem porque depois levaríamos o dia como se aquilo não fosse grande coisa. E não era.

Tendo um arranjo casual, sem outros sentimentos no meio além da atração física, garante aproveitar o melhor de uma relação. Sem complicações.

Fora meu estado atual e as variadas posições nada honoráveis da noite passada, ficar de conchinha já ultrapassa um certo limite de intimidade para mim.

Apesar de saber que não costumo ficar muito nas caricias e aconchego do pós-sexo - que são zonas para se tomar cuidado em um relacionamento casual -, aquele é um ato involuntário vindo de um Theo adormecido, então busco não me preocupar demais. Afasto seu braço e resolvo levantar, deixando a cama para trás ao passo em que cato minhas roupas espalhadas pelo chão.

A leveza que sinto mesmo depois da agitação do dia de ontem, prova que uma boa foda faz maravilhas.

Fazendo o mínimo de barulho, vou até o guarda-roupa atrás de um short e camiseta e sigo para fora do quarto na direção do banheiro, me deparando com o corredor e apartamento silenciosos, o que significa que ou Sabina realmente não voltou conosco ou está apenas apagada em seu quarto.

Até entendo a sensação esquisita que é quando você está em casa enquanto sua amiga está dando, ou recebendo, um trato de alguém a um quarto de distância. Às vezes o melhor é manter-se ignorante quanto a isso, como chegamos a um acordo.

𝗗𝗲𝘀𝗽𝗿𝗲𝘁𝗲𝗻𝘀𝗶𝗼𝘀𝗼, 𝗻𝗼𝗮𝗿𝘁Onde histórias criam vida. Descubra agora