Prestes a se formar no curso de veterinária tão estimado, Sina Deinert tem convicção que relacionamentos amorosos não cabem em sua rotina apressada.
Mas não significa que uma diversão casual seja impensada.
Carregando um histórico de corações part...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Sina Deinert
Cada superfície livre na minha escrivaninha é uma confusão de pincéis e diversos outros produtos de maquiagem.
Mas pelo menos o restante do quarto não está revirado de ponta cabeça com meus preparativos que antecedem a hora da saída para o primeiro dia do Festival de Verão.
Apanhando a máscara para cílios que faltava para finalizar a parte estética, me coloco em frente ao espelho de corpo inteiro que situava-se apoiado na extremidade oposta do quarto e aplico uma camada leve do produto. Pisco a fim de certificar que não borraria ao mesmo que tomo um instante para conferir o visual uma derradeira vez.
Apesar da confusão que fiz na escrivaninha, preferi evitar ir muito além de algo que destacasse meus olhos e um gloss nos lábios. Usando um top preto de alças com detalhes vermelhos nas arestas e corte em "v" que o assemelhava a um biquíni, porém sendo de um tecido mais grosso que possibilitava ser trajado sozinho, valorizava bem meus seios tamanho humildes sem parecer vulgar; e a calça estilo jogger num tom verde musgo equilibrava o conjunto.
Calço um par de tênis brancos e solto o cabelo, passando os dedos entre os fios a fim de que pareça despojado.
Não levo nada comigo ao sair do quarto, fora a identidade e um dinheiro trocado que escondo dentro do top. Joalin seria a encarregada por portar seu celular e os ingressos numa pequena bolsa. Não era como sair na pipoca durante o Carnaval, mas eram táticas de prevenção independentemente.
Encontro a loira assistindo a reprise de uma novela antiga na televisão enquanto cutuca as unhas.
— Ela ainda não tá pronta?- indago, e pela expressão de sofridão dela por estar esperando ali é resposta o bastante.
— Vamos logo, meu bem. Só falta você!- grita para se fazer ouvida de qualquer cômodo que a sempre atrasada esteja.
— Já vou!
Sabina aparece saindo de seu quarto com os braços para cima e as mãos torcendo-se conforme tentam arrumar um penteado nos cabelos naturalmente lisos.
— Isso exige tempo e concentração- profere, a voz saindo confusa por estar segurando um micro elástico na boca. Ela mira o próprio reflexo no espelho quadrado que temos na sala, acima do aparador que suportava a cafeteira e abrigava canecas em baixo, e prende o último elástico. — Pronto! Declaro um sucesso.
Sabina mexe o penteado que seria uma versão modernizada da maria-chiquinha, presas ao topo da cabeça e que desciam sendo intercaladas pelos micro-elasticos na mesma cor preta dos cabelos dela.
É de se apreciar o empenho que Sabi dedica em inovar e ser bem sucedida nos penteados. Quando os meus não saem do jeito que visualizei na minha mente ou meu cabelo está tendo um dia ruim, apenas amarro logo num rabo de cavalo e sigo a vida.
