Prestes a se formar no curso de veterinária tão estimado, Sina Deinert tem convicção que relacionamentos amorosos não cabem em sua rotina apressada.
Mas não significa que uma diversão casual seja impensada.
Carregando um histórico de corações part...
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Noah Urrea
Há algum ar inspirador em um pôr do sol diante de uma vista ampla e sem barreiras.
O som das ondulações do mar é o único a interromper aquela quietitude tranquila no trecho de areia onde me instalei com Sina e os cachorros.
A loira se encontra deitada em sua prancha de stand-up afagando a cabeça de Ellie, que descansa em sua barriga. O carinho deveria estar bom, pois as pálpebras tremeluziam enquanto a pequena luta para não as fechar. Já Joel se mantém parcialmente deitado no espaço entre a prancha e minha cadeira, desfrutando da tranquilidade embora suas orelhas se mexam na direção de qualquer mínimo barulho.
Quaisquer outras poucas pessoas que ainda continuavam na praia, ficaram distantes de onde estávamos. E aparentava que persistiram apenas para apreciar o sol se pondo.
Discretamente, retiro o ukulele que havia trazido comigo de dentro da capa protetiva e penso no que tocar. Por sorte, com aquele cenário, a inspiração vem imediata. A escolhida da vez é "um pôr do sol na praia", parceria entre Silva e Ludmilla.
Gosto que o verso inicial se encaixe perfeitamente com o cenário atual, sendo uma composição cuja estrofes falam sobre tirar um tempo para si e relaxar caso esteja passando por um momento ruim, associando a praia e assistir o pôr do sol à beira-mar como uma boa solução. Além de falar um pouquinho de amor.
Em um ponto da música, sigo dedilhando somente a melodia, porque... esqueci o restante da letra.
"Preste bem atenção Coisas do coração São como essa ladeira"
É inesperado a voz de tonalidade suave que vem e completa a lacuna qual deixei, a mesma que ouvi apenas uma vez até então. Sina cantarola baixinho, mais para si. No entanto, lembro o alcance que pode chegar quando ela se empolga, e não é nada ruim de se escutar.
– Solta essa voz, bem-te-vi- encorajo, dessa vez a vendo corar devido aquele tipo de atenção. Ela suspende parte do corpo da prancha a fim de me encarar séria, parecendo que iria retrucar. – Vamos, linda. Eu não lembro a letra toda, já você...
Sei que a convenci pelo exalar contraditório.
Os versos entoados por ela explicam que para conseguir subir a tal ladeira, as "coisas do coração" precisam ser leves, e o amor também daria uma força estendendo a mão.
Pelo conduzir, o refrão chega novamente, e acompanho Sina nele. Mas, caramba, ela tem um timbre gostoso de ouvir. Doce como açúcar. Soa um pouco mais inseguro que aquela vez no meu carro ao som de Marina Senna, e como qualquer um, precisaria de prática. Entretanto, bom o bastante para qualquer situação informal.
– Nossa- digo, surpreso. – Você tem uma bela voz aí, linda.
– Besteira- ela desconversa, convicta, retirando Ellie do colo e a pondo ao seu lado. – Vamos deixar o canto para os profissionais- então me indica em ênfase. – Em que parte as calcinhas começam a cair? Assim que você canta ou no final?