11 - APROXIMAÇÃO

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LIAM EVANS

Tive uma semana de cão na escola.
Mal consegui ficar em casa durante o dia, até minha tarde estava completamente comprometida.
Kate, a professora de redação, havia pegado uma virose e não pôde ir trabalhar, Owen pediu minha ajuda na substituição nos horários que eu não dava aula e óbvio que disse sim.
Passando tanto tempo na escola me ajudou a saber mais sobre meu pai.
Seus gostos, suas piadas sem graça, sua fama de bom moço, o vi sair com sua esposa uma vez, descobri que ele também tem mania de organização e por alguns minutos me peguei gostando da sua companhia. Isso não era certo.
Como um filho abandonado pelo próprio pai pode sentir algum apreço por ele? Ele é quem deveria gostar de mim pra que depois eu tivesse pelo menos um pouco de prazer em despreza-lo e mostrar para as pessoas quem ele era realmente.

A primeira cena da peça de Romeu e Julieta estava começando a ganhar forma, os alunos estavam super comprometidos. Depois que deixei Samantha em casa quase não conversamos mais. Ela não perdia a chance de me alfinetar, e eu gostava cada vez mais disso. Trabalhávamos bem juntos e nossas conversas era prazerosa, ela sempre entendia o que eu queria passar para os alunos nos ensaios e me ajudava. Parecia muito mais madura que todos os outros alunos.

Pietra me chamou pra ir a um bar no fim de semana com os outros professores e eu acabei aceitando, precisava tirar toda a tensão da semana estressante.
Ela usava um vestido com um decote enorme, parecia querer provocar. O ambiente era grande, bonito, tinha música ao vivo e era bastante movimentado. Logo chegaram mais 3 professores e nós começamos a rodada de bebidas. Fazia bastante tempo que eu não colocava uma gota de álcool na minha boca, desde que descobri o câncer da minha mãe parei de beber pra focar em cuidar dela.

No final da noite eu estava na cama da Pietra, não lembro muito bem de como chegamos a esse ponto pelo efeito da bebida, mas lá estava eu. Era só sexo, então tudo bem.
Transamos e pegamos no sono em seguida, assim que amanheceu saí antes que ela acordasse. Estava com uma ressaca horrível!

Dormi a manhã inteira quando cheguei em casa e a tarde fui até umas das praias menos movimentadas levar a Mia pra passear, mas parece que todo mundo teve a mesma ideia pois estava cheia de gente, a maioria turistas, sentei em uma barraca de lanches enquanto observava a vida das pessoas acontecendo até os meus olhos caírem sobre ela. Samantha Clarck com seu minúsculo biquíni branco.

Me ajustei na cadeira e fiquei olhando enquanto ela estava deitada embaixo de um guarda sol. Por um milagre ela parecia estar sozinha, sem seus dois amigos de sempre.
Nunca em toda a minha vida eu olhei para uma aluna dessa forma, eu sabia que aquilo era um erro, me aproximar dela seria um erro, mas foi o erro que eu mais desejei cometer.
Com muita dificuldade tirei os olhos dela me repreendendo o tempo todo por tê-la desejado mesmo que por um momento da forma que não deveria. Voltei a atenção para o celular enquanto esperava o lanche chegar, quando o garçom deixou meu hambúrguer com fritas e cerveja sobre a mesa ela me viu e pra minha desgraça veio andando na minha direção. Cada vez que se aproximava eu tinha uma visão ainda melhor das suas curvas. Ela é bonita pra caralho!

- Oi professor! - ela falou parando na minha frente com um sorriso no rosto.

- Devo me preocupar com a perseguição, Clarck?

- Só passei pra dar um oi, senhor educação! Mas já vou. - ela foi virando o seu corpo mas segurei sua mão a impedindo.

- Não vai. - ela me olhou claramente surpresa pelo meu toque - Desculpa pela minha falta de educação, minha mãe deve estar se revirando no túmulo por isso! Senta aí, se não for te atrapalhar.

- Só fico porque ouvi um "desculpa" saindo da sua boca e isso é algo raro de acontecer! - Abri um sorriso, eu gostava de como ela sempre tinha uma resposta na ponta da língua.

Ela sentou na cadeira de frente pra mim, me dando a visão de seus seios que preenchiam a forma do biquíni.

- Quer comer alguma coisa?

- Não, já comi. Mas acho que vou querer algo pra beber.

Chamei o garçom pra que ela fizesse seu pedido.

- Uma cerveja, por favor. - ela pediu de forma descarada, como se eu fosse permitir que ela bebesse.

- Nem pensar, você não vai beber álcool. Pode trazer um refrigerante, por favor!

- Você é muito sem graça, eu já bebo viu? - respondeu revirando os olhos.

- Não na minha companhia.

O garçom saiu rindo e logo trouxe sua bebida.

- O que faz aqui sozinha?

- Não era pra eu estar sozinha, mas minhas companhias furaram comigo. E você, porque veio sozinho? Ainda não fez amigos?

- Não vim sozinho.

- Não? Devo me preocupar por não estar vendo mais nenhuma outra pessoa com você?

- Olha debaixo da mesa. - apontei com o dedo e ela baixou a cabeça desconfiada.

- Meu Deus!!! Que lindo! É seu? - seus olhos estavam brilhando observando a Mia dormir.

- É ela e sim é minha. Seu nome é Mia.

- Você não parece o tipo de homem que tem uma cachorra tão fofa assim.

Ela saiu da cadeira e veio para o meu lado se abaixando pra tocar na Mia.

- Que tipo de homem você pensa que eu sou, Clarck? Um destruidor de corações que não gosta de animais?

Ela me olhou segurando o riso enquanto passava a mão na Mia que se amolecia toda com o toque da garota.

- Quase isso!

ESSA É A MIA, GENTE! NOSSA LADY 🧡

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MEU ADORÁVEL PROFESSOROnde histórias criam vida. Descubra agora