MEU ADORÁVEL PROFESSOR

21 - BEIJOS E AMASSOS

SAMANTHA CLACK

Eu tive mais coragem nesses últimos 20 minutos com o Evans do que com o Peter nos últimos 6 meses. Estava contra a parede beijando meu professor de literatura enquanto suas mãos passeavam por todo o meu corpo. Cada vez que suas mãos me tocavam sentia minha pele queimar como se fosse um ferro extremamente quente! Mas foi a sensação mais gostosa que já provei.

- Se alguém nos pegar estamos ferrados. - ele falou quando separamos nossos lábios para respirar. - Eu estou ferrado.

- É só termos cuidado e assim ninguém nos pega, professor. - ele deu uma risada baixinha.

- Você é louca. E eu sou mais ainda por permitir que isso aqui esteja acontecendo.

- Mas a culpa foi minha, já falei, eu que te beijei.

- Não, eu queria tanto quanto você, ou até mais! - senti a ponta dos seus dedos tocarem meu rosto.

- Queria?

- Quero!

Ele confessou e me beijou, isso fez um monte de borboletas voarem dentro de mim me deixando com um sorriso idiota no rosto.

- Se não parar de rir pra mim assim, não vamos sair daqui hoje. - ele falou me dando outro beijo rápido e eu tentei me controlar. - E precisamos ir para o ensaio.

- Ok, então se afasta de mim que eu paro.

Ele pareceu relutar um pouco mas logo afastou seu corpo do meu. Foi até a mesa e começou a arrumar os papéis em sua mochila.

- Samantha, prometa que isso ficará só entre nós dois. Por favor!

- Claro, não precisa nem se preocupar. - respondi guardando minhas coisas também.

- É sério, você poderia ser expulsa do colégio, eu perderia meu emprego e até poderia ser preso.

- Já falei que não precisa se preocupar, eu jamais faria algo que te prejudicasse, professor. Eu prometo a você que ninguém vai ficar sabendo. - coloquei uma mão no seu braço.

Ouvimos alguém mexendo na porta do lado de fora e fui até la pedir ajuda com o coração acelerado. Era uma aluna que queria usar a sala, ela disse que chamaria alguém pra ajudar a abrir e já voltava.

- Pronto, vamos ser libertos! - falei sem ânimo.

- Ok! Isso é bom. - Ele começou a andar até a porta e parou do meu lado. - O que aconteceu nessa sala não pode mais se repetir, Samantha. Vamos esquecer isso.

Murchei um pouquinho pelas suas palavras. Mas o que eu estava querendo? Ficar mais vezes com o meu professor? Óbvio que isso não aconteceria.

- Ok, professor.

- Você é incrível - Ele falou olhando pra mim - Mas isso foi um erro, você entende não é? Você é uma aluna e eu seu professor.

- Claro, entendo. Desculpa por ter dado início a isso.

Logo o zelador chegou e conseguiu abrir, saí da sala e o professor Evans veio andando ao meu lado. Não trocamos mais nenhuma palavra, chegamos ao auditório para o ensaio e fingimos que nada tinha acontecido.
Cada vez que ele precisava falar comigo eu ficava com medo de alguém perceber meu nervosismo e descobrir o que tinha acontecido, mas ele continuava agindo de forma normal.
No final do ensaio Logan foi falar comigo, só estávamos nós dois e o professor Evans empilhando algumas cadeiras.

- Sam, posso falar com você? - Logan falou se aproximando com as mãos no bolso.

- Já está falando.

- Eu sei que sou a última pessoa que você gostaria de ajudar, mas será se poderia me dar uma força ensaiando comigo algumas cenas? Estou com um pouco de dificuldade.

Ele estava mesmo pedindo minha ajuda?

- A Kelly não pode ensaiar com você?

- Não quero ensaiar com a Kelly, eu não a suporto. Por favor, Sam.

- Não era o que parecia quando estava com a língua dentro dela.

- Não vai me perdoar nunca por isso não é?

- Nunca. - respondi empilhando a última cadeira.

- Tudo bem, eu mereço. Mas me ajuda, por favor.

- Vou ver se tenho tempo e te aviso.

- Vou esperar sua resposta, Sam. - Ele tirou as mãos dos bolsos e começou a brincar com elas parecendo nervoso - Posso te deixar em casa hoje? Assim podemos conversar como antes.

- Não vai dar, não vou pra casa agora.

- Vai ver o seu pai? Fiquei sabendo do que aconteceu, eu sinto muito! - ele colocou uma das mãos no meu ombro tentando consolar.

- Obrigada, mas ele já está melhor.

Seu lado gentil não me convencia mais.

- Tudo bem então. Te dou um oi a noite pra te lembrar de me dar a resposta, obrigada Sam!

Dei um mini sorriso pra ele e o vi sair.