26 - VIAGEM A DOIS II

1K 76 4
                                    


SAMANTHA CLARCK

- Fica tranquila mãe, amanhã de manhã a gente volta.

- Coloca no viva voz, quero falar com o seu professor. - ela pediu e eu olhei pra ele rindo.

- Ela quer falar com você. - Falei pra ele e coloquei no viva voz em seguida.

- Olá! Estou ouvindo dona Cristina. - ele falou meio sem jeito.

- Oi professor! Farei a transferência do valor para o quarto da Samantha no hotel, por favor não deixe ela ir dormir sem jantar porque por ela se alimentar não é algo essencial!

- Pode deixar, a levarei pra comer. E não se preocupe, cuidarei bem da sua filha. - ele respondeu me olhando com um sorriso de canto.

- Muito obrigada. Se comporte e obedeça seu professor, Sam! Beijos, mamãe te ama!

- Ok, mãe. Te amo, beijos!!

Desliguei rindo e o Evans continuou o caminho. Paramos em um hotel próximo à praia. A cidade parecia um caos por causa do engarrafamento que não deixava ninguém sair, assim que fomos à recepção a atendente disse que não tinha quarto disponível. Fomos em mais dois hotéis e também estava completamente ocupado.

- E agora? Já está escurecendo. - falei já impaciente.

- Vamos encontrar algum.

Vimos uma pousada no final de uma rua sem saída. Parecia bem confortável e aconchegante.

- Olá, boa noite! Me diga que tem dois quartos livres, por favor. - falei para a atendente e ela balançou a cabeça em negação.

- Infelizmente só temos um, se tivessem chegado ha 10 minutos teria conseguido os dois. Mas o que temos é um quarto casal, tem uma cama bem grande que cabe vocês dois.

- Droga! - Evans falou frustrado. - Vamos ficar com esse quarto.

Olhei pra ele que não estava com uma cara tão amigável.

- Tem certeza? - perguntei o encarando - podemos continuar procurando.

- Não se preocupe, eu durmo no carro e você no quarto. - ele respondeu enquanto preenchia uma ficha que a moça lhe deu.

- Tem uma poltrona bem grande que você pode dormir se não quiser deitar na mesma cama que a senhorita. Alguns casais usam quando brigam e dormem separados - ela falou com a mão na boca contendo um sorriso.

- Pronto! Problema resolvido, você não vai dormir no seu carro. É frio a noite! - coloquei uma mão no seu braço e o vi engolir seco. - E o carro está cheio de coisas que compramos, você vai acabar acordando com dor no corpo.

- Tudo bem.

A atendente colocou a chave sobre o balcão e nos indicou a direção. Fomos até o quarto, não era tão grande mas do tamanho suficiente pra dois, parecia como casa antiga de vó, uma cama grande com cabeceira de ferro, uma penteadeira com um espelho grande, um guarda roupa de madeira, uma janela com cortinas, uma poltrona de coro marrom bem grande ao lado da cama e um papel de parede de flores amareladas, como se fosse velha. Mas o cheiro não era de coisa velha, cheirava a colônia de flores e amaciante. Tinha também um banheiro bem limpo com um box de vidro.

- Posso ir primeiro? - perguntei apontando para o banheiro. - Quero muito tomar banho!

- Claro, eu sempre ando com algumas peças de roupa no carro, vou lá pegar enquanto banha. Talvez algo te sirva pra dormir mais confortável.

- Obrigada!

Ele saiu e eu aproveitei pra tomar um banho bem caprichado.
Quando terminei abri a porta do quarto devagar mas ele não estava, então saí só de toalha. Vi umas peças de roupa dobradas sobre a cama com um bilhete avisando que ele estaria na recepção e pedindo que eu avisasse quando terminasse. Tinha uma calça moletom e uma camisa que caberia duas de mim, eu sempre andava com calcinha extra na bolsa e me foi muito útil. Coloquei novamente o meu vestido e sua camisa por cima, dando um nozinho na ponta dela.
Mandei mensagem falando que já tinha terminado e é m menos de 5 minutos o vi entrar pela porta.

- A calça não serviu, não é?

- Dava pra vestir duas Samanthas. - eu ri e ele também - Mas obrigada, sua camisa ficou ótima!

- Que bom! Vou tomar um banho e depois podemos ir jantar, tudo bem?

- Tudo bem, posso esperar aqui mesmo? Queria carregar meu celular.

- Pode. Não demoro.

Ele entrou no banheiro e me peguei cheirando sua camisa, tinha o mesmo cheiro do moletom que eu nunca devolvi.
Em 15 minutos ele saiu com apenas com uma bermuda e sem camisa esfregando a toalha nos cabelos molhados. Foi difícil não ficar olhando pro seu corpo, que homem!

MEU ADORÁVEL PROFESSOROnde histórias criam vida. Descubra agora