18 - PESSIMA HORA

1K 75 2
                                    


SAMANTHA CLARCK

Assim que abri a porta Isa e Peter estavam parados um ao lado do outro, Peter estava com umas flores e Isa com um pote de sorvete.

- Oi gente, o que estão fazendo aqui?

- Viemos te fazer companhia! Sinto muito pelo tio Willian - Isa falou e me abraçou.

- Obrigada!

- São pra você - Peter falou estendendo o mini buquê de flores brancas e me abraçou também - Sinto muito!

- Obrigada. Querem entrar?

- Com certeza!! Trouxe sorvete de morango com baunilha.

Abri caminho e eles entraram, o professor Evans estava sentado no sofá e pude ver o rosto surpreso dos meus amigos ao vê-lo.

- Professor? - Isa falou e deu um tchauzinho com a mão - Oi!

Peter apenas sorriu pra ele.

- Oi, pessoal. Eu já estava de saída - Ele se levantou - Desejo melhoras ao seu pai Samantha, vou te mandar por e-mail o que vou precisar que você providencie no próximo ensaio.

Percebi que ele estava improvisando e entrei na onda, até porque seria mais fácil do que explicar porque ele realmente estava ali.

- Muito obrigada, pode deixar que estarei lá na sexta! - Me virei para os meus amigos - Vou deixar o professor na porta, não coloquem fogo na casa!

Saí acompanhando o Evans até a porta, senti uma ponta de tristeza por ele estar indo tão rápido.

- Obrigada mais uma vez pela visita!

- Não foi nada, fica bem, tá? Qualquer coisa não hesite em me ligar ou mandar mensagem, agora você tem meu número.

-  Pode deixar!

- Até amanhã, Samantha.

- Até amanhã, professor.

O vi andar até o seu carro e fechei a porta voltando para os meus amigos.

- Estão se dando bem finalmente? Conseguiu fazer ele gostar de você? - Peter perguntou com uma colher na mão enquanto Isa coloca o sorvete em potinhos.

- Acho que sim.

- O que ele veio fazer aqui, Sam? - Isa perguntou.

- Ah, ele... Ele veio....hum...Ele veio acertar algumas coisas do próximo ensaio.

- O tanto que ele tem de bonito é o tanto que falta amor naquele coraçãozinho viu, como ele vem falar de ensaio com você nessa situação? - minha amiga respondeu.

- Vamos deixar isso pra lá, cadê meu sorvete?

Sentamos os três ao redor da mesa e tomamos aquele pote inteiro de sorvete.
Eu amava meus amigos e amava passar tempo com eles, mas naquele momento eu queria que outra pessoa estivesse ali comigo ao invés deles. Era um sentimento estranho, em apenas 1 mês eu me apeguei a alguém que não suportava no início.

- Meninas, estou oficialmente namorando! - Peter falou entusiasmo.

Eu achei que doeria mais ouvir aquelas palavras, achei que eu fosse querer morrer por saber que ele estava definitivamente com outra pessoa, mas não foi assim. Eu não estava feliz mas também não estava triste.

- Que legal, parabéns pra vocês! - falei dando um pequeno sorriso pra ele.

- É, parabéns. - Isa falou sem demonstrar muita alegria também, ela estava assim por mim.

- Quero a permissão de vocês pra levá-la da próxima vez que nos reunirmos, quero que ela se aproxime de vocês. Minhas melhores amigas sendo amigas da minha namorada!

- Fique a vontade, ela será bem vinda. - Respondi sem muita empolgação.

Enquanto Peter foi ao banheiro Isa sentou ao meu lado e segurou minhas mãos, ela estava claramente preocupada.

- Eu sinto muito, amiga! Se eu pudesse arrancava os olhos dessa Olívia!

- Tá tudo bem Isa, eu tô bem.

- Mesmo sabendo do namoro? Eu vou fazer da vida dessa menina um inferno pra ela largar ele!

- Ei garota, tá doida? Não faça nada disso. Já disse que eu to bem, não doeu como imaginei. Acho que aceitei que não vou tê-lo e meu coração tá tirando o sentimento aqui de dentro. - Na verdade acho que outra pessoa está assumindo esse espaço, mas não posso contar pra ela ainda.

- Promete que tá bem?

- Prometo!

Ela abriu um sorriso pequeno e me abraçou.
Eles ficaram mais umas 2h até minha mãe chegar e me levar ao hospital, fiquei com meu pai pra Michele ir pra casa deles descansar e pegar algumas coisas. Ela parecia se importar muito com ele.
Ele estava bem melhor, não ficava muito tempo acordado por conta das medicações fortes, mas já estava sem sedação e agradeceu bastante a minha companhia. Confesso que eu também estava feliz por estar ao lado dele, tirando a situação desagradável, esse foi o período que passei mais tempo ao lado do meu pai depois que ele saiu de casa. Tomei as dores da minha mãe e o ignorei o máximo que consegui, até agora.

MEU ADORÁVEL PROFESSOROnde histórias criam vida. Descubra agora