MEU ADORÁVEL PROFESSOR

36 - ESTOU COM VOCÊ

SAMANTHA CLARCK

Estava me sentindo dolorida, mas extremamente feliz. Liam foi gentil e respeitoso o tempo todo, o que só fez aumentar ainda mais o sentimento que eu sinto por ele. Eu sabia que sexo era bom, mas foi mais que isso.
Assim que nós dois chegamos ao ápice ele me levou ao banheiro pra tomar banho, estava um pouco suja de sangue e acabou sujando seus lençóis também.

- Não precisa me dar banho, posso fazer isso sozinha. - Falei enquanto ele esfregava uma esponja nas minhas costas.

- Aqui o serviço é completo, meu bem! Fica quietinha e deixa eu terminar. - Sorri com sua resposta e ele continuou esfregando pelo resto do meu corpo.

A água quente caia sobre nós e me dava um alívio, me deixando relaxada.

- Sua mãe não vai reclamar pelo horário que você vai voltar pra casa?

- Na verdade, pensei em voltar só amanhã. - Ele me olhou um pouco confuso - Falei que iria dormir na casa da Isa pra poder passar a noite com você. E não se preocupa que não falei pra Isa que era com você que eu passaria a noite.

- Você sempre pensa em tudo! - Ele me beijou de forma lenta - Vai ser perfeito dormir ao seu lado novamente.

Quando saímos do banho ele me deu uma cueca e uma camisa sua. A camisa pareceu um vestido, mas ficou confortável e isso que importava!
Deitamos em sua cama depois de trocar os lençóis e ele me abraçou em forma de conchinha. Seu braço me agarrava pela cintura me dando uma sensação de segurança.

- Acho que lembro dessa cena. - Liam falou e eu sabia que ele se referia a noite que passamos na pousada.

Eu apenas ri lembrando da nossa primeira noite juntos.

- Sam? - Ele falou baixinho quando eu estava quase dormindo.

- Oi, meu bem.

- Você aceita namorar comigo?

Meus olhos se arregalaram e eu despertei no mesmo instante. Me virei ficando de frente pra ele sem conter meu sorriso.

- É sério? - Ele balançou a cabeça concordando e sorrindo - É claro que sim!

O beijei enquanto suas mãos me puxavam pra perto dele. Era real! Eu estava na cama do meu professor completamente apaixonada e agora era sua namorada.
Ficamos abraços por um tempo e não demorei a pegar no sono, estava exausta pelo dia inteiro que passou.
Pela manhã acordei quando ele tentava levantar sem fazer barulho, fizemos nosso café juntos em sua cozinha que brilhava de tão limpa. Voltei pra casa às 10h da manhã e voltei a dormir na minha cama, parecia que tinha sido atropelada de tanta dor no corpo que estava sentindo.

O domingo passou rápido, Liam me ligou a noite e conversamos novamente. Durante as próximas semanas nos pegamos algumas vezes na sala de estudos, outras vezes em seu carro em alguma esquina escondida. Na sua casa já tinha até uma escova de dentes e peças de roupas minhas. Nosso romance escondido estava caminhando tão bem que me dava um frio na barriga de medo que acabasse.
Faltava menos de 1 mês e meio para o final das aulas e apenas duas semanas para a apresentação da peça. O cenário estava quase todo montado, todos estavam ajudando, meu pai se ofereceu pra auxiliar em algumas coisas mais difíceis e isso ajudou na nossa relação.
Peter recebeu a primeira aprovação da universidade e recebeu uma bolsa pra fazer medicina. Eu sabia que ele conseguiria! Com o apoio do Liam criei coragem e me candidatei para uma bolsa de Psicologia, como eu sonhava lá no meu íntimo, sem minha mãe saber, pois ela esperava que eu ajudasse na sua empresa de contabilidade futuramente após cursar administração.

Estava passando pela sala dos professores quando ouvi uma briga vindo de lá.
A porta estava semiaberta e vi meu namorado gritando e apontando o dedo para o direitor Owen, o que ele estava fazendo?
Os professores não estavam lá, somente os dois, inicialmente imaginei que tivessem descoberto sobre nós dois, mas só depois entendi o que eu já suspeitava. Meu diretor era o pai que abandonou o Liam na infância e acho que acabou de descobrir. Por sorte o corredor estava vazio porque os alunos foram liberados mais cedo e mais ninguém viu aquela cena além de mim.
Assim que ouvi os passos se aproximarem da porta me afastei e Liam saiu com passos rápidos e o diretor parou na porta com os olhos cheios de lágrimas.
Eu segui o Liam e o vi entrar em seu carro, corri chegando ate ele e entrei também.

- Agora não, Sam! - Ele falou e estendeu o corpo até alcançar a porta do carona e abriu como um pedido pra que eu saísse.

Ignorei e fechei a porta permanecendo sentada.

- Não vou a lugar algum sem você!

Ele me encarou por alguns segundos e ligou o carro dando partida.