Rafaella
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— Deusa.- Me chamou com suavidade.De início pensei que as chamas em seus olhos me atacariam e nós duas iríamos nos incendiar, assim como tinha sido na sua casa ontem, mas seu tom de voz me dizia que isso não iria acontecer.
— Você ficou com medo de mim?.- Perguntou séria.
Cheguei abrir a boca para falar que não, mas seria uma mentira. Eu não senti medo dela em si, mas sim do que minha atitude em jogar tinta em seu rosto poderia me causar. Não agia por impulso, nunca.
Tudo o que eu fazia e faço é sempre calculado para não ter consequências ruins como tudo o que já passei.— Desculpe, foi uma reação comum para mim- Respondi. — Sei que não me machucaria, mas ainda
preciso me acostumar com a idéia de que minha vida mudou.Ela suspirou e segurou meu rosto.
— Minha linda.- Sussurrou. — Se não tivesse jogado tinta em mim, eu teria feito primeiro jogando em você.- Contou com um sorriso. — Eu senti seu medo, a tensão que irradiou de seu corpo e espero que nunca mais o sinta.- Sua mão deslizou por meu cabelo cheio de tinta e retirou a xuxinha que os prendia.
— Nunca sei como agir com você, fico com medo de assustá-la, então, acredito
que precisamos conversar mais sobre o assunto.— Sim.- Murmurei tentando afastar as lágrimas que queriam sair.
Sua testa tocou a minha. Ela estava tão linda toda suja de tinta.
— Rafa?!.
— Hm..- Sussurrei
— Quero muito beijar você agora.
Gostei de sua mudança de assunto.
O tempo nos ajudaria a entrar em completa sintonia.
Sem contar que eu teria mais sessões de terapia. Nada entraria nos eixos do dia para a noite, mas com o passar do tempo.— E está esperando o quê?.- Sussurrei e ela me beijou.
Sua boca tinha gosto de tinta, afastamos fazendo uma careta do gosto terrível.
— Banho?.- Ofereceu enrugando o nariz.
— Por favor.- Ri.
Quando ia puxar minha blusa para fora ela me interrompeu. Suas mãos seguraram a malha molhada e
deslizou para cima do meu corpo, passando por minha cabeça e jogando-a dentro da pia. Era o lugar mais seguro, pois o chão já estava sujo.— Você é uma obra de arte.- Disse ela.
Minha pele tinha todos os tipos de cores possíveis.
— Deixa-me ver você.- Pedi puxando sua blusa pra cima — Isso sim é uma obra de arte.
Ela sorriu.
— Bem, nos completamos.
— É o que parece.-Sorri.
Suas mãos deslizaram dos meus seios para os ombros e desceu por minhas costas até segurar minha bunda.
— Esse seu short é muito curto e tentador.- Sussurrou em meu ouvido.
Me senti ousada, usando aquela liberdade que ela me deu.
Desci minhas mãos por seu corpo, assim como ela fez comigo e apertei seu membro por cima da bermuda, ela riu e se afastou dando-me a oportunidade de desabotoar sua bermuda.— Acho que preciso exigir meus direitos de igualdade.- Disse enquanto descia meu short junto com a calcinha que
usava. — Estou amando a forma que sua pele está pegajosa.- Riu baixinho.Ela segurou minhas coxas e me puxou para cima, abracei seus quadris e seu pescoço enquanto ela
caminhava para dentro do boxe e ligava a ducha. A água fria nos cobriu.
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Quando o amor acontece (Girafa) G!P (CONCLUÍDO)
FanfictionSinopse O pior dos machucados são as cicatrizes, elas estão ali para te relembrar constantemente da dor que sofreu, de como sangrou, e principalmente, para mostrar que deve ter cuidado para que isto não aconteça novamente. Rafaella Kalimann estava a...