Capitulo 13

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ATENÇÃO, CAPITULO COM ALTO INDICE DE GATILHOS.
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Rafaella
-
Voce..?

- Rafa, quanto tempo, que saudade.

- Antônio o que faz aqui?.- Perguntei rispida.

- Estava passando por ali e te vi aqui e resolvi vir cumprimentar. Vejo que não mudou nada, continua linda.

- Obrigada! Agora se me der licença.- Disse tentando não transparecer minha irritação.

- Voce está bem? Vamos marcar para tomarmos um café  qualquer dia desses.-Disse piscando pra mim.

- Não, obrigada, agora por favor, pode nos deixar sozinhas?.

-Hm.. virou sapatão, Rafinha? Sua cara não nega.- Ele disse com desdém.

- Ei camarada. Mais respeito e cuidado com o que você vai falar. Ela já pediu pra você se retirar. Voce prefere sair ou prefere que eu te tire?!.- Gizelly dessa vez se meteu.

- Calma.. estou indo. Nos vemos por ai Rafinha!.- Disse piscando antes de sair.

- Quem é ele?.- Gizelly indagou.

- É um amigo do meu irmão. Enfim, não quero falar sobre isso e estragar nosso passeio.

- Claro, como quiser.!- Gizelly disse curta e grossa.

- Como eu ia dizendo.. eu sentia falta daqui.- Resmunguei.

Gizelly parecia estar distraida olhando o céu, mas eu sabia que ela estava me ouvindo.

- E porque não vinha quantas vezes queria?.- Perguntou.

- Flavio não deixava.- Contei.- Da última vez que vim sem avisar ele, tomei uma surra. E também, depois a saúde do meu filho era tão frágil que eu não gostava de ficar longe demais de um hospital.

- Flávio era um babaca. Agora vai poder vir quantas vezes quiser.- Disse ela em um tom despreocupada. - Eu estou encantada com o lugar e a simplicidade.

- É maravilhoso, não é?

- Sim.- riu. - E sua avó tem mãos de fadas na cozinha.

- Sério? Nem percebi que comeu três fatias de bolo.- Brinquei. - Parecia uma baleia azul.

- Baleia azul?.- Parecia chocada.
Gargalhei antes de explicar.

- Descobri isso tem uns dias na escolinha do Théo.- Deu de ombros.- A baleia azul é o ser vivo que mais ingere alimentos por dia, mais de oito toneladas.

- Por dia?

- Sim, parece você.- Brinquei novamente.

- Uau.- Riu. - Acho que vou competir com elas então.

- Cê é besta né.
Rimos juntas.

- É sério, já estou aqui pensando no almoço.- Comentou em um tom brincalhão.

- E cabe mais alguma coisa ai?.- Perguntei.

- Você não tem noção. Uma moqueca capixaba principalmente, rabada...- Hm..- Disse lambendo os lábios.

Gargalhamos.

- Sabe o que eu andei pensando?.- Questionei e não esperei por sua resposta.- Que você conhece muito de mim e eu sei muito pouco de você.

- Não tenho muito a contar.

- Eu não tenho tanta certeza.- A encarei, mas ela não me olhava ainda.

Parecia confortavel deitada naquela pedra dura com as mãos dobradas atrás da cabeça, eu não podia ver seus olhos castanhos já que ela continuava de óculos escuros, só os tirou quando entramos em casa e depois voltou a colocá-los.

Quando o amor acontece (Girafa) G!P (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora