Gizelly
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Coloquei minhas mãos nos bolsos da minha calça, sabia que se as deixasse soltas iria acabar agarrando Rafa novamente. Precisava me controlar, pois queria muito gritar e comemorar depois de saber que ela correspondia aos
meus sentimentos. As portas do elevador se abriram segundos depois dela atender o celular. Dei um passo à frente e percebi que ela não me seguiu, quando a olhei, me assustei com a palidez de seu rosto.— Rafa?
Ela não me olhou, seu celular escorregou de sua mão e bateu no chão com força.— Rafaella?
Aproximei e ergui seu queixo. Seus olhos estavam arregalados e parecia assustada.— Rafaella?
Novamente não tive resposta, a puxei para fora do elevador depois de resgatar o que sobrou do seu celular.
Minha secretária, veio correndo quando percebeu que tinha algo errado.— Só traga água para ela, por favor.- Ordenei levantando Rafa nos meus braços quando percebi que ela não estava se movendo.
Corri para o meu escritório e a deixei no sofá. Sua pele estava pálida como a de um maldito fantasma. Segurei
suas mãos e fiquei preocupada com a forma que tremia.— Ei, o que aconteceu?
Seus olhos encontraram os meus e as lágrimas que deslizaram por suas bochechas quebrou meu coração. — Precisa conversar comigo para que eu possa ajudar você.- Digo baixo. — Quem te ligou?Queria olhar seu celular, mas a tela estava toda trincada com a queda e impossível de fazer qualquer coisa.
— Deborah.- Sussurrou.
— Ela te ligou?
— Não! — balançou a cabeça negando, ainda parecia em choque. — Sua mãe.- Mais lágrimas desceram por
seu rosto. — Deborah está desaparecida.Franzi a testa tentando ligar os pontos.
Como a sua cliente poderia desaparecer se seu ex-marido está preso e sem
um único centavo?Beijei a testa dela e me ergui — Vou fazer algumas chamadas, vamos descobrir o que está acontecendo.
Ela acenou aérea demais para conseguir responder com palavras. Peguei o telefone da mesa e disquei para alguns contatos. As respostas que tive não foram as melhores.
Meu contato na delegacia informou que Deborah saiu às oito da manhã para encontrar a psicóloga, dirigia o próprio
carro, mas o mesmo foi encontrado abandonado na frente do consultório com as portas abertas. Sua médica estava atrasada e se assustou quando chegou e viu o carro aberto, chamou
a polícia e duas horas depois concluíram que Deborah foi sequestrada.As câmeras de segurança pegaram o momento exato em que ela estacionou e depois a forma que foi retirada do veículo por dois homens com capuzes cobrindo seus rostos.
— Seu marido é suspeito?.- Perguntei baixo ao investigador.
— Sim.
— Como isso é possível?.- Cheguei a tremer de raiva.
— Ele fugiu quando estava sendo transferido para um presídio de segurança máxima.- Informou. — E o deixaram fugir?.- Perguntei indignada.
— Atacaram o comboio, ainda estou investigando.- Sua voz ficou rígida como uma porta. — Vou descobrir que merda esse verme está fazendo e como entrou em contato com os outros bandidos.
— Comece pelo advogado dele.- Indiquei.
— Preciso desligar, me ligue assim que descobrir mais alguma coisa.— Sabe que eu não trabalho para você, não é mesmo Bicalho?
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Quando o amor acontece (Girafa) G!P (CONCLUÍDO)
FanfictionSinopse O pior dos machucados são as cicatrizes, elas estão ali para te relembrar constantemente da dor que sofreu, de como sangrou, e principalmente, para mostrar que deve ter cuidado para que isto não aconteça novamente. Rafaella Kalimann estava a...