Capitulo 18

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Gizelly
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Eu estava me sentindo zonza, quase como se tivesse bebido duas, ou mais, garrafas de cervejas. Não entendi nada
do que estava acontecendo, principalmente quando percebi que estava deitada no meu sofá.

Levei alguns minutos para entender que já havia amanhecido.

— Caralho! .- Resmunguei e me levantei rápido demais para minha cabeça que parecia pesar dez quilos.

Precisei me apoiar e foi mais difícil do que imaginava encontrar esse maldito apoio.

— Rafa.- Resmunguei seu nome desesperada para entender o que tinha acontecido.

Quando me lembrei, precisei correr para fora e chamar Babu, que não estava nem pronto para o trabalho ainda. Para ele me levar até ela. Ainda estava cedo demais, porém eu não
poderia esperar. Não até que ela me perdoasse.

Nunca fui tão idiota na minha vida como ontem e implorar seu perdão seria muito pouco.

— Senhora? — chamou Babu. — Está tudo bem?

— Não até que eu chegue até ela.

Deus, como pude ser tão burra?

O caminho até a casa dela pareceu muito longo para o bem da minha sanidade. Comecei a ensaiar um discurso, mas foi impossível sair da primeira linha do meu pedido de
desculpas.

Se eu não estivesse me sentindo tão zonza, juro que pegaria a direção.

Estava sem paciência para esperar, mas era o início do primeiro horário de pico e o trânsito não estava colaborando.

E depois que eu resolvesse meu gigante problema com a Rafa, eu mataria minha ex.

— Droga Gizelly! — esfreguei minha têmpora dolorida.

A culpa não era totalmente dela, eu fui uma burra em ter deixado ela entrar na minha casa.

Quando chegamos à frente da casa da Rafa saí do carro sem esperar por Babu para abrir a porta. No entanto, antes que eu conseguisse alcançar à calçada, vi  que o portão da garagem estava aberto e Rafa arrancou para fora, parou um único minuto para o portão se fechar.
— Rafa! — chamei.
Mas a teimosa nem mesmo me olhou, somente foi embora.

— Porra! — exclamei.

Voltei a entrar no carro e ordenei que Babu fosse para o escritório. Não adiantaria seguir ela, sem contar que seria perigoso e poderia causar um acidente caso eu a distraísse.

Meia hora depois, me joguei contra a cadeira do meu escritório completamente irritada. A secretária de Rafa era mais jogo duro do que eu imaginava. A mulher não tinha
nem um metro e meio e conseguiu me colocar pra correr.

Porra! Eu sou a dona desta empresa e devia ser respeitada.

Tentei falar com a Rafaella durante toda a manhã, mas nunca a encontrei livre. Primeiro uma reunião, depois no fórum e ainda esteve na delegacia.

Corri atrás desta mulher como
uma louca literalmente e nada! Ela não me dava brechas, nem um mínimo espaço para me explicar e pedir desculpas.

Uma mulher tem limites! Gritei em minha mente. Se preserva, Gizelly!

Quando soube que ela estava de volta ao prédio marchei irritadíssima até seu escritório. A  secretária até tentou me impedir, mas eu ameacei seu emprego e ela me deixou passar. Sabia que depois precisaria pedir desculpas com muita sinceridade pela minha grosseria.

Mas saber que eu provavelmente machuquei Rafaella estava
me enlouquecendo.

— Rafa! — exclamei assim que a vi mexendo em uma papelada em sua mesa.

Quando o amor acontece (Girafa) G!P (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora