Capitulo 05

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ALERTA GATILHO
CAPITULO EXTREMAMENTE SENSIVEL!

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Rafaella
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Era dificil conter a esperança. Dolorosamente impossivel. Mas minha mente continuava insistindo para que eu não pensasse muito a respeito. Para não criar expectativas. O destino era cruel demais para quem tinha esperanças, e eu era a prova viva disso. Meu filho foi a minha salvação, ele me deu um propósito para lutar por nossa liberdade, mas ele nasceu com anemioa falciforme… não era algo que meu amor de mãe poderia curar.

E isso me destruia por dentro, mas nunca desisti. Gastei todo dinheiro que meu, graças a Deus, falecido marido me deixou, em tratamentos enquanto esperávamos por um doador ou doadora compátivel. Nunca apareceu um, mas eu implorava aos céus, todos os dias para que alguém testasse positivo.

Ansiava por esta alma caridosa e parecia estar cada vez mais longe essa possibilidade. Théo tem dois anos e meio e fez mais visitas ao hospital do que eu nos meus vinte e nove anos.

Meu bom senhor, meu coração já não aguentava mais essa espera.

E agora, Gizelly veio com um anjo salvador. Primeiro mudando o plano de saúde de todos os funcionários e depois oferecendo ajuda na busca por um doador de médula.

Não sabia o que pensar sobre o que a motivava a isto, mesmo depois de dizer que sou parte da família. Ela poderia estar sendo sincera, mas eu não sou de confiar facilmente. Não quando se trata de pessoas querendo me ajudar.

Eu não odiava as pessoas… só não confiava.
Suspirei agradecida por chegar á minha casa. Morava na casa acima dos meus pais, eles construíram unicamente para mim.

Para que eu pudesse ter um lugar seguro para ficar com meu filho. Abri a garagem e estacionei. Precisei de alguns minutos para sair do carro, estava sentindo-me terrivelmente trêmula com toda a agitação daquele dia.

Quando tomei coragem, encontrei meu menino deitado no sofá com os olhos atentos na TV e já usava seu pijama.

- Mamãe.- Exclamou sorrindo.

- Oi, meu principe.- Beijei seu rostinho lindo. - Já jantou?.- Perguntei.

- Filha?

Me virei e encontrei minha mãe enxungando as mãos um pano de prato.

- Olá!.- Beijei seu rosto.

Ela me abraçou apertado como sempre fazia, confortando-me em seus braços com carinho que acalmava meu coração.

- Como foi seu dia?.- Perguntou ela no mesmo tom que eu havia falado com meu filho.

- Surpreendentemente agitado.- Respondi. - Vou subir, tomar um banho e depois te conto tudo. - Théo Já jantou?

- Ainda não, vai jantar agora. Ele queria comer chocolate, mas eu não deixei.

- Não vou demorar.- Prometi.

                             
                                 ***
Meus pais ficaram radiantes de tanta esperança que me ouviram falar das novidades do dia. Eu também estava, mas não podia deixar de ser cautelosa com aquela situação. Ás vezes a esperança só servia para nos machucar um pouco mais e eu já estava além do limite.

Subi as escadas lateriais para minha casa com o meu pequeno chumbinho dorminhoco em meus braços. Meu pai  tentou levá-lo para mim, mas ele se agarrou no meu pescoço.

O coloquei na cama e conferi sua temperatura duas vezes antes de me sentir segura para ir para o meu quarto.

Tomei um longo banho e todas áquelas lembranças que eu estava tão duramente lutando contra desde que vi os ferimentos de Deborah, vieram como uma enxurrada.

Quando o amor acontece (Girafa) G!P (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora