Gizelly
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Eu estava queimando em fúria. Deus sabia como eu queria ir até a prisão e conseguir cinco minutos, de relógio parado, com aquele escroto, imbecil do caralho. Quebrar seus dentes faria eu me sentir muito melhor. Como ele ousa atacar a Rafaella?Tremia só de pensar o que mais poderia ter acontecido se ela tivesse uma mão leve no volante. As imagens das câmeras de vigilância foram bem claras ao mostrar que ela resistiu de início, mas não por muito tempo chocando-se contra um muro e um poste antes de capotar.
Meu senhor, aquilo poderia tê-la matado.
Foi a mão de Deus que a segurou, senão poderia ter sido muito pior ou até mesmo fatal.- Você fica aqui, enquanto eu vou agitar o inferno lá fora.- Digo a Rafaella. - Se precisar de qualquer coisa, é só chamar que irei providenciar.
- Se mantenha calma, Gizelly.
- Eu estou calma.- Retruquei.
Sebastião, pai de Rafaella, ergueu uma sobrancelha como se dissesse '' sério? '' e ela tinha um canto dos lábios erguidos, evitava sorrir, mas não acreditava nenhum pouco em mim.
Balancei a cabeça.
- Os seguranças ficarão de prontidão na porta.- Anunciei antes de sair.
Quatro dias depois eu tinha feito á cidade tremer com tantas notícias. Comecei pelos processos, dei início a tantos que os advogados daquele pedaço de merda ficaram perdidos. João Vicente foi um deles, que me procurou pra tentar um acordo e eu botei ele pra fora da minha empresa.
Depois mandei um e-mail para todos os patrocinadores do lutador. Antes do final do dia, obtive o triunfo que eu esperava, haviam cancelado seus contratos com o tal peixe boi, baiacu dos infernos. Suas propagandas foram retiradas do ar, seu nome estava nas primeiras páginas policiais enquanto anunciavam sua tentativa de assassinar a advogada de sua ex-esposa.
Ah, devo dizer que também dei início ao processo de divórcio dele com a Debora e exigi muitos benefícios para a senhorita Nascimento, além daqueles que já era seu por direito.
Cavei mais fundo do que qualquer pessoa imaginava, cheguei aos seus desvios de dinheiro. A sonegação de impostos foi um triunfo e tanto, a juiza, Deolane Bezerra que por acaso é minha amiga, bloqueou todas as suas contas bancárias e até mesmo alguns de seus bens.
Com toda certeza o homem estava furioso a cada visita de seu advogado João Vicente, aquele que agora ele não poderia pagar. Foi tão fácil e prazeroso tirar seus esqueletos do armário que chegou a perder a graça.
Isso mostraria a todos que não deveriam me irritar, derrubaria qualquer um que tentasse prejudicar as pessoas que eu gosto.
Entretanto, hoje eu tive algo muito importante para fazer. Depois de uma conversa com a médica de Théo, filho de Rafaella, ela me disse que o menino poderia fazer uma breve visita para sua mãe. Além disso, ela me lembrou de que o resultado do exame que eu fiz mais cedo, tinha saído.
Com todos os acontecimentos acabei esquecendo de pegar o resultado no site, ou na recepção do hospital.
Desci do carro e toquei o interfone da casa dos pais de Rafaella. Sua mãe veio sorridente me atender, era estranhamente gratificante ver a sua empolgação.
- Gizelly! - Abraçou-me com tanto carinho que acredito ter tocado o meu coração.
- Dona Genilda, como vai?
- Bem, mas nada de dona, viu? Pode ser apenas Genilda ou Gege se preferir. Devo agradecer novamente por ter cuidado da minha menina.
Eu não tinha feito isso, mas o olhar dela me disse que não aceitaria uma negativa minha.
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Quando o amor acontece (Girafa) G!P (CONCLUÍDO)
FanfictionSinopse O pior dos machucados são as cicatrizes, elas estão ali para te relembrar constantemente da dor que sofreu, de como sangrou, e principalmente, para mostrar que deve ter cuidado para que isto não aconteça novamente. Rafaella Kalimann estava a...