Ao ter que enfrentar problemas de insegurança e com o seu corpo, Nyssa Davies se perde no mundo da arte e faz de tudo para ser uma nova pessoa, entretanto, nesse meio de confusões e sentimentos, ela acabou conhecendo um rapaz encantador.
Depois de...
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Dominic Vassiliev
Pude ver ela se distanciar com certa pressa, e naquele momento, apenas queria ir atrás dela, e tentar reverter essa situação de algum jeito, sei que ficou desconfortável e a culpa era minha, fui muito ofensivo. E tenho quase certeza que ficou chateada, era nítido a vontade dela ir embora. Suspirei quando notei ela pegando as coisas de sua mesa e retirando-se do meu estabelecimento. De repente, de alguma forma eu queria saber o que aconteceu, não por curiosidade, mas por que sentia que deveria fazer algo quanto a isso, era como se tudo ou alguma coisa tivesse feito nós dois nos encontrarmos naquele dia, nublado, chuvoso e assustador. Queria poder ver o seu outro lado, no qual ela era feliz de alguma forma, uma necessidade de conhecê-la ou saber quem realmente era Nyssa Davies mexia com a minha cabeça.
Me afastei da bancada e caminhei em direção a mesa onde eu estava jogando alguns minutos atrás com o senhor William, me sentei na cadeira e continuei a encarar as pessoas conversando, dançando e jogando. Tudo parecia ter parado por alguns segundos, mas a música continuava a tocar em minha cabeça, como uma melodia baixa e intensa. Meus pensamentos voavam por toda minha mente, como uma ansiedade, buscando respostas para perguntas que eu desconhecia naquele momento.
Quando me referi sobre aquele assunto com ela, sobre a minha mãe, eu não soube me controlar, era como uma lembrança amargurada que sempre irei carregar de alguma forma dentro de mim, e acabei falando coisas que eu não deveria. Ela com certeza teve seus motivos, mesmo que não certos, mas sinto que também carregava uma dor como a minha, só que muito mais dolorida ou maior.
- Deveria ter ido atrás dela. - Proferiu William vagamente, e então o encarei. Eu estava tão focado em meus pensamentos que nem prestei atenção em suas palavras.
- Penso que não seria uma boa ideia, mas irei me redimir de alguma forma.
- No quesito jogo do amor, você, aparentemente, perde feio. - Disse divertido e então soltou uma pequena risada.
- O amor não é um jogo.
- Então me diga o que é o amor, Dominic. - Pediu ele e então desviei meu olhar de sua direção para o salão. Os casais pareciam feliz, dançavam com tanta alegria e sorriam um para o outro.
- Eu ainda não sei, e o único que eu tive, eu perdi. - Suspirei pesadamente pensando em minha mãe, em seu sorriso meigo e o jeito que ela dava a volta por cima para conseguir o que queria. - Eu preciso ir.
- Mas já?
- Preciso pensar.
- Da última vez que você falou essa frase, estava indo para o aeroporto porque iria embora de Londres. - Falou ele seriamente.
- Eu não irei voltar para Rússia, tenho motivos para ficar.
- Não irei perguntar, mas espero que possa me contar um dia.
- Eu direi quando eu tiver certeza, até mais. - Ditei e então me levantei de minha cadeira e caminhei em direção a saída da Casa de Jogos. Como eu sabia que o Nikolas não iria agora, pedi para que uma das pessoas que estava cuidando de tudo por aqui, fosse levar ele em casa, já que eu levaria o seu carro, não queria que ele sofresse um acidente, ainda mais estando bêbado.
