Ao ter que enfrentar problemas de insegurança e com o seu corpo, Nyssa Davies se perde no mundo da arte e faz de tudo para ser uma nova pessoa, entretanto, nesse meio de confusões e sentimentos, ela acabou conhecendo um rapaz encantador.
Depois de...
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Dominic Vassiliev
Minha cabeça parecia girar por alguns segundos, meu coração bateu tão forte dentro do peito, que cheguei a pensar que pudesse sair por minha boca. Olhei para a tela do meu celular levemente arrependido por ter ligado tão de repente para Nyssa, e principalmente por não ter percebido que eu estava falando em russo com ela, na verdade, eu nem sabia o que eu dizia. Pensei que talvez não fosse uma ideia tão ruim no momento que fiz a ligação, mas aquela sensação de que ela não estava bem corria meus pensamentos.
Eram em torno das 11 horas da manhã, e eu estava sentado em uma cadeira, na casa de jogos, bebendo algo que eu nem sequer sabia o nome, mas eu tinha certeza que havia álcool na bebida. Não era o momento e nem a hora de beber, além de que, eu não era o tipo de pessoa que colocava uma gota de álcool sequer na boca, mas naquela manhã houve uma exceção, minha mente estava tão perturbada que eu só queria esquecer tudo por alguns segundos, minutos ou horas. Mas acredito eu, que a bebida em si, não chegou a fazer muito efeito, pois a pessoa que estava me levando a loucura não saía da minha mente.
- Você não acha que já passou muita vergonha por hoje? - Indagou Nikolas que estava comigo todo esse tempo. Estávamos sozinhos na casa de jogos, e o local só era aberto à noite.
- Do que está falando? - Perguntei desentendido e dei mais um gole generoso naquela bebida azul, que me lembra um par de olhos de tirar o fôlego.
- Essa é a primeira vez que vi você beber, e ainda não entendi por que disse aquelas coisas para a amiga da Jennifer. - Ditou ele, e eu suspirei. Não o respondi de imediato, eu estava tentando elaborar uma resposta decente em minha mente, e enquanto eu pensava em algo, decidi levar o copo até a minha boca novamente, porém fui impedido por Nikolas, que aparentemente, parecia furioso. - Chega de bebidas!
- Eu estou apaixonado por ela. - Falei sem mais nem menos, na verdade, naquele momento, eu não me importava com o que saía da minha boca.
- O que? - Indagou ele meio alarmado, parecia deveras surpreso, e eu sentia minha cabeça girar, além de estar levemente sonolenta, era a primeira vez que eu bebia, não sabia que a bebida poderia ser tão forte.
- Não entendi por que a surpresa.
- Não é óbvio? Quero dizer, eu conseguia perceber que você tinha algum apreço por ela, só não fazia ideia que era tanto assim. - Proferiu ele ainda surpreso. - Ela sabe?
- Não. - Respondi colocando meu braços em cima da mesa, e apoiando minha cabeça neles.
- Como não?
- Não tive oportunidade. - Não menti, mas esse não era o problema.
- Não acho que esse seja o problema, eu te conheço muito bem, Dominic. - Ditou ele, e eu levantei a cabeça para encará-lo. - O que foi? Tá com medinho de ter mais um fracasso no amor? - Zombou. - Você já deveria ter se acostumado.
