Capítulo 20 || Medo

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Dominic Vassiliev

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Dominic Vassiliev

Quando soube que Olívia Darcy estava realmente trabalhando na empresa da minha família, foi o fim para mim. Não chegamos a nos encontrar, o que eu agradecia mentalmente por isso, mas eu ainda achava desnecessário ela trabalhar logo em nossa empresa. Porém, cheguei a pensar que talvez eu nem sequer deveria me importar com isso, penso que seja apenas provocação de sua parte, e que isso pouco me importa.

Eu estava dentro da minha sala, apenas cuidando de alguns papeis da reunião geral que terá nesta semana, e enquanto eu fazia isso, meus pensamentos pareciam embarcar naquela imensidão azul, como de costume. Eu tinha algumas coisas para resolver com ela, acabei me esquecendo totalmente dos quadros, e além disso eu queria saber como ela está, ultimamente não aconteceu nada de estranho com ela e isso me deixava aliviado, mas mesmo assim me sentia preocupado, por que eu não fazia ideia das coisas que estão acontecendo com ela, muito menos de tudo que ela já passou, sei bem pouco sobre Nyssa, mas creio que será difícil ela me contar algo.

Voltei a encarar os papeis e então suspirei pesadamente, a minha vida estava parecendo uma bola de neve, que aparentemente, aumentava cada vez mais, e uma hora ou outra ela iria me destruir. Sei que não posso simplesmente esquecer meus problemas apenas para tentar resolver o dos outros, mas me sinto melhor em não estar pensando constantemente em minha mãe e a tragédia que aconteceu em sua vida, gosto de lembrar apenas dos momentos que ficaram marcados em minha memória, dos bons momentos, mesmo que a morte dela pareça ter rasgado todas as outras lembranças no meio. Eu ajudo tanto as pessoas, mas acho que quem precisa de ajuda sou eu. Não aceitei sua partida, e não consigo aceitar, e quanto mais eu penso nisso, mas acredito que eu preciso dela.

Larguei as folhas em cima da mesa e então passei a mão por meus cabelos e suspirei pesadamente, eu precisava de um tempo, mas sabia que fugir não era o certo, às vezes realmente precisamos enfrentar nossos problemas de frente ou eles continuarão nos perseguindo, e causando coisas bem piores. Olhei para um porta retrato, era uma foto minha e da minha mãe, seus cabelos ruivos roubam a cena, seu sorriso encantador, e sua elegância. Eu queria ter passado mais tempo com ela, talvez compensasse sua falta aqui. De repente, fui tirado dos meus devaneios quando escutei alguém bater na porta, e em seguida entrou no local.

- Bom dia, senhor Vassiliev. - Sorriu Olívia, caminhando até a minha mesa de trabalho. A encarei sem entender sua presença desagradável em minha sala.

- O que faz aqui? - Indaguei e então ela se sentou em uma cadeira frente a minha mesa. Olívia usava uma blusa bege de tecido fino, blazer branco e uma saia branca apertada que ia até seus joelhos.

- Vim te cumprimentar e conversar um pouco com o senhor. - Falou ela normalmente, e então cruzou suas pernas elegantemente.

- Estou trabalhando.

- Eu queria dizer, na verdade pedir, que esqueça tudo que houve em sua casa, sei que falou sem pensar e que está bastante arrependido, presumo. - Proferiu ela, e eu a encarei incrédulo. Ela só pode está brincando comigo, suspirei pesadamente e tentei me mandar calmo e tranquila com cada bobagem que saía de sua boca.

A jogada de um reiOnde histórias criam vida. Descubra agora