capítulo 22

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(Ponto de vista de Shikamaru)

Tinha sido convocado pela Hokage para receber uma missão importante. Ela queria que eu liderasse uma equipe e, de repente, me ocorreu a ideia de pedir que Ayka viesse comigo nessa missão. Sentia que não podia perder a oportunidade de trabalhar ao lado dela e, ao mesmo tempo, talvez esclarecer essa confusão entre nós. Minha mente estava perturbada desde que soube que Ayka estava namorando o Naruto, e as noites se tornaram inquietas, cheias de pensamentos conflitantes. Além disso, havia a questão do Shoto que havia escapado da prisão. Eu queria ficar sozinho com Ayka para conversar e entender melhor o que estava acontecendo, mas também queria protegê-la de qualquer perigo que pudesse surgir.

Para minha surpresa, Ayka aceitou imediatamente a proposta de me acompanhar na missão. Parece que estávamos ambos em busca de respostas e uma chance para conversar mais abertamente.

Durante o confronto nas nossas conversas, finalmente abordei a questão do relacionamento dela com Naruto. Fui direto ao ponto e disse que a tinha visto beijando Hinata na noite anterior. Era tudo um blefe, mas foi o suficiente para que ela não conseguisse mais sustentar sua mentira.

Após a discussão, sinto-me aliviado, como se um peso tivesse sido tirado das minhas costas. Estou voltando para casa com um sentimento de tranquilidade

No caminho para casa, encontro Sakura e Ino.

— Shikamaru, temos notícias sobre o Shoto. Sasuke deixou mandou uma mensagem indicando seu paradeiro, e Naruto e Sai foram atrás dele — disse Sakura, parecendo animada.

— Isso é ótimo! — exclamei, sentindo uma onda de alívio. Sabia o quanto a captura de Shoto era importante para a segurança da vila. — Finalmente poderemos encerrar esse assunto e trazer a paz de volta.

Ino assentiu, compartilhando da mesma empolgação.

— Com Naruto, Sasuke e Sai trabalhando juntos, tenho certeza de que eles serão capazes de enfrentar qualquer desafio. E agora que estamos todos cientes do paradeiro de Shoto, poderemos fornecer todo o apoio necessário.

Sakura mencionou algo sobre comemorar em paz antes do festival Tanabata Matsuri.

— Se o encontrarmos antes do festival Tanabata Matsuri, poderemos comemorar em paz — disse ela, sorrindo.

(O festival Tanabata Matsuri é um festival japonês que celebra uma lenda sobre a separação e encontro anual das divindades celestiais Orihime e Hikoboshi, que representam estrelas distantes. Durante o festival, as pessoas escrevem desejos em pequenos papéis coloridos e os penduram em árvores de bambu, chamadas "tanzaku". O festival é conhecido por suas decorações festivas, performances, jogos e comida tradicional.)

— Verdade, agora preciso ir. Amanhã tenho uma missão com Ayka — me despedi das meninas, seguindo em direção à minha casa.

Arrumei tudo para o dia seguinte: acordei, me preparei e saí de casa, dirigindo-me ao portão da vila. Quando cheguei lá, ela já estava lá.

— Bom dia. Vamos lá? — perguntei animado.

— Bom dia. Vamos sim — respondeu ela, pronta para começarmos a correr pelas árvores.

Enquanto corremos, ela perguntou sobre a missão.

— Então, qual é a missão? — ela questionou.

— Vamos investigar uma mina que está sendo utilizada como esconderijo de bandidos — expliquei.

— Só isso? — ela perguntou, parecendo um pouco desapontada.

— É, só isso — respondi, passando a mão pela cabeça em sinal de frustração.

Em um momento de reflexão, ela decidiu se aproximar de mim.

— Sobre ontem, desculpe — disse ela, com sinceridade.

— Ah, achei que mulheres não sabiam se desculpar — provoquei, tentando aliviar a tensão no ar.

Ela revirou os olhos, não se deixando abalar pela provocação.

— Não revire os olhos para mim — retruquei, sorrindo.

— O que vai acontecer, oh senhor gênio? — ela respondeu, desafiando-me.

Em um impulso repentino, puxei-a para perto de mim, sentindo nossos corpos se aproximarem.

— Por que você é assim, confusa? Por que você me deixa confuso? — confessei, permitindo que meus verdadeiros sentimentos fossem expostos.

— Antes que você pense em me beijar, lembre-se que estamos em uma missão — ela disse, mantendo sua postura profissional.

— Eu não tinha a intenção de te beijar — respondi, mentindo para esconder meus reais sentimentos.

Ela foi se afastando aos poucos, mas eu não podia resistir. Ela ficou longe de mim por um ano inteiro e eu precisava ter uma resposta dela.

— Você teve um ano para pensar se gosta de mim — segurei seu braço, buscando uma resposta direta.

Ela olhou para mim e, finalmente, respondeu.

— Depois dessa missão, eu te darei uma resposta — ela disse, deixando claro que queria pensar e avaliar seus próprios sentimentos.

— Se você não me responder agora, vou assumir que você só me vê como um amigo — respondi, decidido a romper com essa incerteza.

Um silêncio pairou entre nós por um momento. Seu silêncio falava mais do que palavras.

— Entendido — eu disse, passando por ela com firmeza. — Vamos terminar com isso.

Seguimos em silêncio até a entrada da mina.

— Vamos entrar com calma — disse eu, sussurrando. — Se tiver muitos bandidos, não precisamos lutar.

— Ok — ela concordou baixinho.

Entramos na mina, e estava tudo escuro. Sentia uma tensão no ar enquanto avançávamos pela escuridão. De repente, o chão cedeu sob meus pés e diversas estrelas ninja foram lançadas em nossa direção. Uma delas atingiu minha perna, causando um breve momento de dor.

— Cuidado! — exclamei, buscando me proteger e proteger Ayka dos ataques imprevistos.

Estávamos em território inimigo, e era evidente que eles estavam prontos para nos enfrentar. Mantive a calma e buscamos abrigo por trás de uma estrutura rochosa para reagrupar e planejar nossa estratégia.

— Precisamos pensar rápido — eu disse a Ayka, tentando controlar a dor em minha perna.

shikamaru nara Onde histórias criam vida. Descubra agora