capítulo 6

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Na manhã seguinte, acordo com o aroma de café invadindo meu quarto. Pulo da cama, correndo até a cozinha, onde encontro meu pai.

— Bom dia, meu amor — diz meu pai, abraçando-me. Retribuo o abraço com um sorriso.

— Bom dia, pai. Estava com saudades — digo, sentindo a felicidade de vê-lo.

— Eu também estava. Vá se preparar para o café da manhã — ele sugere, com um sorriso carinhoso.

Volto para o meu quarto, realizo minha rotina matinal de higiene pessoal e retorno à cozinha para tomar café da manhã com meu pai.

— Pai? — chamo, mas não obtenho resposta. Vejo um bilhete na geladeira que diz:

"Pai: Filha, tive que sair rapidinho. Bom café."

— Sempre é assim — digo para mim mesma, sentindo uma pontada de decepção.

Embora a ausência de meu pai seja frustrante às vezes, entendo que ele tem suas responsabilidades como ninja.
É frustrante saber que meu pai não está sempre ao meu lado, mas sei que é parte da vida de um ninja e preciso aceitar. Pego uma fruta da cozinha e saio de casa, caminhando pelas ruas, mergulhada em meus pensamentos.

No entanto, minha distração acaba me fazendo colidir com alguém, e ambos caímos no chão.

— Ah, desculpe... — murmuro, envergonhada pela falta de atenção.

Levanto-me rapidamente e faço uma reverência para a pessoa.

— Desculpe pelo meu descuido — digo, tentando me desculpar.

A pessoa, com uma voz calma, responde:

— Não precisa se desculpar.

Olho para ela novamente e finalmente percebo quem é.

— Neji, é você! Desculpe por não ter reconhecido.

Ele sorri gentilmente e pergunta:

— Para onde você está indo?

— Estou indo encontrar o Capitão Iamato — respondo.

Neji então revela que o Capitão Iamato acabou de sair da vila, junto com Kakashi, Sakura, Naruto, Sai e Sasuke.

Uma sensação de frustração me invade, ao perceber que fui deixada de fora dessa missão.

— Eu não sabia... — digo, sentindo-me desapontada por ter sido deixada de lado.

— Já que o Capitão Iamato não está aqui, que tal você me ajudar com os genins? — Neji pergunta, hesitante.

Uma onda de emoção toma conta de mim. Meus olhos se iluminam com a oportunidade de trabalhar com ele.

— Sério? Eu adoraria! — respondo, meu sorriso transbordando de felicidade.

Seus olhos brilham e um sorriso se forma em seu rosto enquanto ele se coloca ao meu lado.

— Então vamos lá — diz ele, começando a caminhar na direção dos genins.
Sigo-o de perto, observando atentamente cada movimento seu. Para minha surpresa, percebo não apenas sua habilidade como ninja, mas também sua beleza intrigante.

Finalmente, chegamos a um lugar aberto, onde vejo várias crianças treinando. Shikamaru está ao lado de uma mulher.

— Neji, que bom que você chegou — diz Shikamaru, cumprimentando-o. — Trouxe a Ayka

— Sim, ela vai nos ajudar — responde Neji, confirmando com um aceno de cabeça.

— Oi, pessoal! — digo, cumprimentando a todos, animada para começar.

Shikamaru se aproxima e nos apresenta oficialmente.

— Ayka, essa é a Temari — ele diz, apresentando-nos formalmente.

Meus olhos encontram os dela, e percebo uma aura de confiança e força que ela emana. No entanto, também sinto um certo ar de arrogância vindo dela. Decido estender a minha mão em cumprimento.

— Prazer em conhecê-la, Temari — digo, com um sorriso amigável, estendendo a mão para ela.

No entanto, para minha surpresa, ela parece não se interessar em retribuir o gesto. Rapidamente, recolho minha mão, sentindo um leve desconforto, e olho para Neji, que está ao meu lado, em busca de algum apoio ou explicação para esse comportamento.

A tensão no ar é quebrada por Neji, que percebe a situação desconfortável.

— Vamos começar, diz Neji. Quanto mais cedo começarmos, melhor. Tenho outras coisas a fazer depois.

— É, vamos acabar logo. Quero voltar para casa — diz Shikamaru, expondo sua típica falta de entusiasmo.

Temari, demonstrando impaciência, responde a ele com firmeza:

— Você não vai a lugar algum se continuar agindo de forma preguiçosa, Shikamaru.

Enquanto nos preparamos para começar, percebo que Temari continua me olhando de cima a baixo, emitindo uma expressão de julgamento que desafia minha presença e habilidades.

No entanto, antes que eu possa ponderar mais sobre isso, Shikamaru se aproxima e interrompe meus pensamentos.

— Temos 20 genins para cuidar, então cada um de nós ficará responsável por cinco deles — diz Shikamaru. — Vamos garantir que nenhum deles se machuque.

Temari, mais uma vez, direciona seu comentário em minha direção.

— Você tem que prestar atenção, essa novata parece não ter muita agilidade.

Decidida a não me deixar abalar, respondo determinada:

— Não importa o que os outros pensem de mim. Estou aqui para fazer o meu melhor e proteger aqueles que foram confiados a mim.

Temari solta um pequeno sorriso sarcástico.

— Mostre o seu melhor, então, flor.

Neji decide intervir, trazendo o foco de volta ao objetivo principal.

— Todos nós temos que dar o nosso melhor, não importa o que os outros digam.

Inspirada pela sua abordagem positiva, reforço suas palavras, olhando firmemente para Temari.

— Exatamente, todos nós temos que dar o nosso melhor.

shikamaru nara Onde histórias criam vida. Descubra agora