capítulo 28

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Adentrando no confuso labirinto de memórias, deparo-me com um nevoeiro denso que obscurece minha visão. O ambiente é permeado por lembranças embaralhadas, formando um emaranhado de informações difusas. Em meio a esse caos, Ino aponta uma direção específica.

— Shikamaru, o chakra dele está concentrado ali — diz Ino, indicando um ponto no nevoeiro.

Minha mente se agita, compreendendo o significado dessa descoberta.

— Isso quer dizer que Ayka pode estar lá? — pergunto, buscando confirmar as possibilidades.

Ino confirma com um aceno de cabeça.

— Sim, vamos juntos ou você prefere ir sozinho? — questiona Ino, oferecendo sua companhia.

Apesar de apreciar a oferta, tomo a decisão de prosseguir sozinho.

— Vou sozinho — respondo, pronto para enfrentar o desafio que me aguarda.

Sem mais delongas, adentro no nevoeiro à minha frente, adquirindo coragem para desvendar as memórias turbilhantes que se camuflam no labirinto.

Adentrando o nevoeiro confuso das memórias de Ayka, sigo meu caminho sozinho. A escuridão envolve o ambiente a minha volta, dificultando a visão e tornando a busca ainda mais desafiadora. A cada passo, sinto a luta interna de Ayka refletida na atmosfera turbulenta ao redor.
Atravesso cenários fragmentados, memórias confusas e sentimentos intensos, cada vez mais próximo do local onde se encontra a intensidade do chakra de Ayka. O nevoeiro remexe memórias difíceis e dolorosas, testando minha força emocional e minha fé em alcançar um resultado positivo.

Finalmente, alcanço uma clareira e lá, à minha frente, está Ayka. Ela parece perdida e confusa, sua expressão refletindo a turbulência de sua mente. Me aproximo cautelosamente, procurando não assustá-la.

— Ayka, sou eu, Shikamaru. Estou aqui para ajudar — digo, minha voz carregada de calma e compreensão.

Ayka olha para mim, seus olhos revelando uma mistura de medo e esperança. Ela hesita, mas lentamente começa a se aproximar.

— Shikamaru... estou... perdida. Não sei o que é real ou imaginário. Tudo parece tão confuso. — Sua voz trêmula transmite sua angústia interna.

Entendo sua luta e a dor que ela está enfrentando. Com compaixão, estendo minha mão para ela.

— Você não é o verdadeiro Shikamaru — diz ela, com a voz trêmula.

— Sou o verdadeiro eu, vim te salvar — digo, buscando transmitir minha sinceridade.

Um outro eu surge do nevoeiro, afirmando que eu sou um impostor.

O impostor ri, sua expressão desdenhosa.

— Você é um tolo, Shikamaru. Ela não precisa de você. Eu sou o único que pode oferecer o que ela realmente deseja.

O impulso de confrontar o impostor cresce dentro de mim, mas lembro-me da importância de manter minha calma e serenidade para ajudar Ayka.

— Ayka, você tem o poder de escolher em quem acreditar. Dentro de você, há uma força incrível. Não permita que ele te engane. Confie em mim, por favor.

— Shikamaru, vamos! Não aguento mais — diz Ino no meio do nevoeiro.

Ayka olha para mim, seus olhos percorrendo meu rosto em busca de sinceridade. Ela parece indecisa, lutando para discernir a verdade entre nós.

O impostor ri de forma zombeteira, tentando semear ainda mais dúvidas em Ayka.

— Veja como ele mente, Ayka. Ele quer te manipular. Confie em mim, eu posso te oferecer o que você realmente deseja — diz o impostor com um sorriso cínico.

Com uma determinação renovada, enfrento o impostor diretamente.

A batalha mental se desenrola à medida que Ayka reflete sobre suas próprias emoções e intuições. Com determinação, ela se aproxima da verdade, vendo através das artimanhas do impostor.

— Eu escolho acreditar em você, Shikamaru. Você é o verdadeiro — diz Ayka, sua voz firme e decidida.

O impostor esbraveja de frustração e tenta resistir, mas é enfraquecido pela confiança renovada de Ayka.

Seguro sua mão e olho nos seus olhos.

— Por favor, eu desejo que você acorde. Por favor, eu te amo e preciso de você — digo, transmitindo todo o meu amor e desespero.

Me aproximo e a beijo com todo o meu amor, sentindo uma mistura de tristeza e esperança.

— Estarei lá te esperando — digo, dando um último beijo nela.

Desapareço gradualmente, levado pelas correntes do nevoeiro que me conduzem de volta à realidade. Mas meu coração permanece com Ayka, esperando o momento em que nossos caminhos se cruzarão mais uma vez.

Enquanto retorno à consciência, uma determinação ardente toma conta de mim.

— Shikamaru, Shikamaru, ela acordou — diz Sakura, interrompendo meus pensamentos.

— Sakura, ela acordou? — pergunto, meus olhos se enchendo de expectativa.

Sakura sorri amplamente, confirmando minhas esperanças.

— Sim, Shikamaru, Ayka acordou. Ela está bem e está te procurando — diz ela, transmitindo a notícia com entusiasmo.

Um misto de alívio, gratidão e alegria toma conta de mim. Sem hesitar, levanto-me e sigo Sakura até o quarto onde Ayka se recupera.

Ao entrar no quarto, vejo Ayka sentada na cama, seus olhos procurando por mim. Meu coração se enche de emoção e amor ao ver seu rosto radiante.

shikamaru nara Onde histórias criam vida. Descubra agora