capítulo 13

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Chega o dia em que partimos para a Vila da Areia. Durante esses dias, fiquei na casa de Naruto, passando o tempo livre dos treinos. Voltava para casa tarde, quando meu pai já deveria estar dormindo. Porém, Shikamaru sempre estava por perto, me observando, o que me faz questionar seus sentimentos. Será que ele gosta de mim ou está apenas procurando um passatempo? Enquanto me perco em pensamentos, Naruto me tira deles.

- Ei! Se acontecer alguma coisa com seu pai, fique do lado do Shikamaru, por favor - diz Naruto.

Sorrio com gratidão.

- Você acordou cedo só para isso? Obrigada por se preocupar.

Ele concorda, e decidimos caminhar juntos até o portão da vila. Enquanto seguimos pelo caminho, meu pai já está à espera no portão, e Shikamaru se aproxima pelo lado oposto.

- Akamaru ficou doente, e Kiba não poderá ir conosco - meu pai informa. - Temos uma longa caminhada pela frente.

Começamos a caminhar pela floresta, e meu pai aproveita o momento para explicar a situação.

- O Kazekage acredita que tem uma pessoa infiltrada na Vila da Areia. Nossa missão é encontrar essa suposta ameaça e informar o Kazekage sobre a situação - explica meu pai.

- Então, nossa missão é só encontrar uma pessoa? - comento, buscando entender melhor o objetivo da missão.

Shikamaru responde prontamente:

- Se houve uma pessoa infiltrada na Vila da Areia, é provável que haja mais de um suspeito. Nosso trabalho é não apenas encontrar essa pessoa, mas também descobrir se existem outros infiltrados. Precisamos ter cautela e estar preparados para qualquer eventualidade.

-Por isso a Hokage fez aquele teste, e é incrível como só vocês conseguiram pensar nessa possibilidade. Para o gênio do clã Nara, você demorou bastante para pensar nessa possibilidade, diz meu pai com ironia na voz.

Após o comentário irônico do meu pai sobre o teste realizado pela Hokage, Shikamaru não hesita em responder com ironia também.

- Você consegue esclarecer as coisas olhando apenas uma vez? - rebate Shikamaru.

O clima se torna tenso, e meu pai continua com suas críticas:

- Você, como jounin de elite, deveria estar sempre à frente.

Shikamaru, visivelmente irritado, responde em um tom irritado também:

- Eu faço o meu melhor, mas não sou capaz de fazer milagres, ainda.

Meu pai não se contenta com a resposta de Shikamaru e continua a criticá-lo:

- O seu melhor não é suficiente para a aldeia da Folha.

Enquanto eles trocam palavras ásperas, permaneço em silêncio, absorvendo as palavras e refletindo sobre elas. Essas críticas, mesmo que não sejam direcionadas a mim, despertam inseguranças dentro de mim. Começo a duvidar do meu valor e me sinto inútil para a vila.

Meu pai decide interromper a discussão e nos direciona a seguir para outro local.

- Vamos por aqui. Amanhã à noite chegaremos lá - ele anuncia.

Enquanto montamos acampamento, o silêncio persiste, e as palavras dolorosas continuam a ecoar em minha mente. A experiência desafiadora com meu pai e a troca de palavras com Shikamaru levaram-me a uma profunda reflexão sobre meu papel como shinobi e minha capacidade de contribuir para a vila.

Meu pai, com uma expressão séria, interrompe meus pensamentos.

- Vamos descansar. Amanhã, não paremos para nada - diz ele com determinação.

A noite cai sobre nós, trazendo consigo um frio intenso que congela os pensamentos. Enquanto me abrigo do frio e observo o céu estrelado, percebo a importância de encontrar forças e superar minhas inseguranças. Nesta missão, devo encontrar meu próprio caminho e, ao mesmo tempo, provar a mim mesma e aos outros que sou uma shinobi capaz.

Adormeço e, ao acordar, sinto algo se movimentando na floresta. Instintivamente, pego uma kunai e me aproximo com cautela.

- Você pode abaixar essa kunai - diz Shikamaru, interrompendo minha ação defensiva.

Sinto alívio ao perceber que é ele e rapidamente guardo a kunai.

- Desculpa, não vi que era você - respondo, virando-me para voltar ao acampamento.
Antes que eu possa me afastar, porém, Shikamaru segura meu braço, fazendo meu coração disparar. A memória do beijo entre nós e o trauma causado pelo meu pai me invadem, enchendo-me de medo.

- Por favor, me solta - imploro, sentindo-me incapaz de me libertar do seu aperto quando ele segura meus braços acima da cabeça e me encosta em uma árvore.

Com meu coração acelerado e lutando contra a mistura de medo e confusão, suas palavras me surpreendem:

- Por que você está me evitando? Por que está sempre com o Naruto agora? - pergunta ele, olhando-me intensamente.

Nossos olhares se encontram novamente, mas dessa vez sinto uma coragem interior que me impulsiona a tomar uma atitude. Decido beijá-lo, e para minha surpresa, ele corresponde imediatamente. O beijo é intenso e apaixonado, nos deixando sem fôlego quando nos separamos por falta de ar.

- Desculpa... - murmuro, mas antes que eu possa terminar a frase, ele me puxa para outro beijo.

Coloco minhas mãos em volta de seu pescoço, envolvendo-o enquanto ele me segura no colo. Envolvo minhas pernas em volta de sua cintura, enquanto ele sustenta meu peso com um braço e o outro permanece em meu cabelo.

Ele para o beijo repentinamente, baixando o tom de voz.

- Seu pai está vindo - ele diz, alertando-me.

O pânico toma conta de mim quando percebo a situação. Minhas palavras saem sem pensar.

- Ele vai fazer aquilo de novo se te vê - digo, sem conseguir conter o medo em minha voz.

Shikamaru reage prontamente.

- Fique aqui. Eu tenho um clone no acampamento, vou me esconder - diz ele, pulando para um lugar que não consigo vê-lo.

Com minha kunai em mãos, espero por cerca de dois minutos até que meu pai se aproxima.

- O que você está fazendo aqui? - pergunta ele, em tom desconfiado.

Nervosamente, respondo:

- Estava apertada e precisei vir aqui.

Meu pai segura meu rosto com uma mão, seus gestos carregados de tensão.

- Aquele Shikamaru... Eu quero você longe dele. Não esqueça o que aconteceu daquela vez. Não quero machucar esse lindo rosto, querida - diz meu pai, sua expressão me causando medo.

Eu balanço a cabeça em sinal de acordo e o sigo enquanto voltamos para o acampamento. Percebo que o verdadeiro Shikamaru está encostado em uma árvore, observando-nos cuidadosamente com um olhar interrogativo.

Deito-me novamente, tentando processar tudo o que aconteceu, mas sou consumida por um sonho em que vejo um casal feliz. No entanto, não consigo ver claramente os rostos

shikamaru nara Onde histórias criam vida. Descubra agora