psicológico

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O ambiente do hospital estava tenso quando Cheryl acordou, seu rosto expressando confusão e dor. Toni, assim que percebeu a ruiva acordada tentou se aproximar para confortá-la, mas Cheryl, tomada pelo trauma, reagiu com pânico, gritando por socorro.

Betty e Veronica entraram na sala de imediato, encontrando Cheryl em desespero, chorando e tremendo. Juntas, elas se aproximaram com cuidado, tentando acalmar Cheryl com palavras suaves e gestos reconfortantes. O coração de Toni estava destroçado ao ver o estado de Cheryl, sentindo-se impotente diante do sofrimento dela.

Enquanto Betty e Veronica tentavam acalmar Cheryl, Toni se afastou para o canto do quarto com lágrimas nos olhos, em choque. Ela se culpava pelo que havia acontecido e se sentia completamente perdida diante da intensidade do trauma de Cheryl.

Tremendo de medo flashes de lembranças começaram a surgir em sua mente. A ruiva fechou os olhos, tentando se concentrar, até que de repente tudo ficou claro.

Ela se lembrou da terrível noite, das imagens horríveis que haviam assombrado sua mente, das mãos dele em seu corpo, sua voz no pé de seu ouvido. Sua respiração ficou mais rápida e seu coração acelerou ao enfrentar novamente a realidade do que aconteceu.

Cheryl olhou em volta, Betty e Veronica ao seu lado, passou os olhos pelo quanto novamente e viu Toni lá no canto, chorando, com o olhar perdido envolta por seus próprios braços.

Queria abraçar ela e dizer que tudo ficaria bem, mas não podia, nada ficaria bem, não depois de tudo, sabia que Toni estava assim por sua causa mas não podia evitar o medo de alguém a tocando.

Reparou quando a enfermeira entrou no quarto, assim que se aproximou Cheryl recuou, não tanto quanto fez com Toni, o que deixou a morena ainda mais chateada, mas tentou não demonstrar.

A moça fez um checape em Cheryl e várias perguntas dizendo que logo a polícia estaria ali para seu depoimento, a mulher apenas concordou, sua voz não queria sair, sentia medo de falar e Nicolas aparecer mandando ela calar a boca.

Toni veio mais perto, cautelosamente olhando para Cheryl que encolheu os ombros, tendo sua resposta, Toni cochichou algo no ouvido de Veronica e saiu do quarto chorando.

–Por que a Toni saiu assim? O que aconteceu?

–Ela percebeu que sua reação a assustou e decidiu te dar um espaço. Ela disse que iria para casa. Acho que queria te deixar mais à vontade.-explicou cautelosamente

–Ah, entendi. Sinto muito por assustá-la. Eu... eu não sei o que veio sobre mim. Só queria que tudo isso fosse um pesadelo.

–Compreendo, Cheryl. Você passou por algo terrível, e é normal ter reações intensas. Estamos aqui por você, para o que precisar.

–Obrigada, Veronica. Sinto-me tão perdida e assustada.

–Você não está sozinha, Cheryl. Vamos passar por isso juntas. Se precisar conversar sobre o que aconteceu, ou se quiser apenas um ombro para chorar, estou aqui para você.

Enquanto isso...

Toni estava em sua casa, deitada na cama, chorando sem controle. Ela se sentia um completo fracasso, consumida pelo remorso e pela angústia por ter deixado Cheryl passar por tanto sofrimento. As lágrimas escorriam por seu rosto enquanto ela se perguntava repetidamente como deixou aquilo acontecer, como permitiu que Cheryl ficasse com medo dela.

O coração de Toni doía com a lembrança da expressão assustada nos olhos de Cheryl, a reação de puro pavor diante dela. Ela se sentia como um monstro, incapaz de se perdoar por ter causado tanto sofrimento a alguém que amava, ela prometeu que iria a proteger.

Sob os flashes - ChoniOnde histórias criam vida. Descubra agora