A Preferida Do Ceo ( CONCLUÍDO )

Capítulo 98

Ela desviou o olhar, começou chorar sutilmente

- Tem uma coisa, acontecendo comigo, a semanas.

- E eu preciso lidar com isso sozinha, como se nada estivesse acontecendo.

- Tá doendo, muito, só ignorar.

- Meu corpo manda sinais o tempo todo, tenho que ficar calada, em casa, no trabalho.

- Ninguém vai aceitar ele, eu vou perder a minha família ou ele.

- Tenho que escolher.

Ele ficou confuso

- Como assim?

A abraçou

- Olívia calma.

- Está grávida?

Ela estava aos prantos

- Pelo amor de Deus, ninguém pode saber.

- Nem a Mel.

- Promete que não vai contar.

- Se ele souber vai acabar com a minha vida.

- Só fiz um teste de farmácia e nem fui ao médico ainda. Fiz o mais porcaria que achei.

Ele puxou a banqueta pra ela sentar, se manteve próximo, pediu uma água

- Nem sei o que te falar.

- Mais vai ficar tudo bem.

- Não tem que ser nada extremo assim.

- Tenho certeza que sua família vai entender, você não é uma mulher ruim, porque vacilou e também, é super comum, que a gente se assuste.

Ela foi se acalmando

- Eles não vão entender.

- Vou viajar e decidir, é recente, então...

- Não tenho como ficar com ele, aqui.

Theo sentou com aquele olhar cético

- Mais vai fazer o que lá?

- Aqui é mais fácil.

- Como vai trabalhar desse jeito?

- Pensa bem, não vai fazer nada que possa se arrepender depois.

O celular dele tocou interrompendo, era uma ligação de trabalho, ele conversou rapidinho dizendo que estava a caminho, após desligar, acariciou o braço dela

- Olívia, eu realmente preciso ir.

- Podemos conversar depois?

Foi levantando, a beijou no rosto

- Eu te ligo!

Deu um abraço forte

- Fica bem.

Saiu as pressas, ela foi para o flat deitar, estava com sono, quando acordou a noite, viu uma mensagem dele

" Parabéns pelo presente de Deus, que está carregando, ele mais do que qualquer um, te ouve e sente, tudo. Se anime por esse pedacinho seu, que vai fazer cada dia ruim, em sua vida, valer a pena!???? "

" Tenho certeza que será uma mãe incrível "

Ela respondeu pensativa

" Obrigada pela força, tô sozinha. Não tô com ninguém "

" Eu ia te falar isso "

" Desculpa despejar meus problemas em você novamente, só precisava compartilhar com alguém "

Ele disse que o segredo estava seguro, a convidou para sair conversar e comer, ela estava olhando as mensagens, a Mel havia desmarcado porque o Marcelinho caiu e fez um galo enorme, até mandou foto do pequeno.

Sem disposição pra nada, agradeceu ao Theo pelo convite, disse que já estava na cama, gentilmente ele se ofereceu pra ir buscá-la, insistiu

" Se você vai embora, a gente merece uma despedida "

" E conversar direito "

" Pode vir de pijama, eu não ligo "

Ela aceitou, disse que ia tomar banho e esperar, quase uma hora depois, ele mandou mensagem avisando que estava lá na frente, ela desceu usando um conjunto larguinho de malha, calça e camiseta, com um casaco nas mãos e tênis, cabelo molhado meio bagunçado. Quando abriu a porta, ouviu no banco de trás baixinho

" Oiiiii "

Era a Zoe filha dele, na cadeirinha sorridente, Olívia ficou surpresa

- Oii pequena.

- Você veio me buscar também?

- Isso é muito legal.

A menina disse que não, começou rir fazendo graça, ele começou falar sobre a rotina deles, muito cansativa e diferente de antes, confessou que não conseguia fazer comida todos os dias, certinho, mais que comprava coisas saudáveis pra ela, soletrou " mãe ", para falar de sua ex, disse que era assunto proibido, para a Zoe não " chorar ", foi conversando em código soletrando, quando chegaram no condomínio, ele disse que ia cozinhar, tirou algumas sacolas do carro, foi pegando a Zoe no colo

- Eu sei cuidar de grávida.

- Pelo menos hoje, você não vai esconder e muito menos ignorar.

- Sei como é ruim, ter que viver assim, a gente se priva muito, por causa dos outros.

- Já abri mão de muitas coisas nessa vida, tem pedaços de mim, que foram e não vão voltar, nunca!

- Quero saber tudo, sobre isso, vai contando aí.

Chegaram no apartamento, ela agradeceu por tudo, estava super sem jeito, ele soltou a Zoe no chão

- Filha vai pegar o caderno, a Olívia quer brincar de escolinha.

- Vem aqui, são pra você.

Em cima do balcão, tinham três embrulhos, ela ficou com os olhos marejados

- O que é isso?

- Theo, não precisava.

Ele deu um nas mãos dela

- Precisava sim!

- Abre aí.