Capítulo 83

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Ele perguntou qual era a história real dela, Daisy ficou séria se deitou de frente pra ele o olhando

- Não sei.

- Confiei nas pessoas erradas.

- Doente não tenho muito o que fazer.

- E não falo só de relacionamento não, amizades.

- Eu bebo, porque as dores diminuem, acredite os remédios não ajudam como deveriam.

Ele acariciou seu rosto

- Sinto muito!

- Já tive umas decepções dessas.

- Vai passar!

- Você não tem cara de quem se deixa abater facilmente.

Ela começou rir, se sentou para pegar um salgadinho

- Ahhh não, eu sou completamente maluca.

Ele se levantou

- Também sou, está com fome?

- Pede alguma coisa melhor.

Deu o cardápio pra ela, sentou próximo fazendo carinho

- Tô super bolado com a minha... Com ela!

- Não gosto de mentiras, tem algo muito errado rolando, não sei o que pensar.

- A gente tinha tudo, tipo era um casal dez e agora, tem dias que ela parece uma completa estranha.

- E quando eu tento me aproximar, saio como errado.

- Não entendo o que mudou.

Daisy fez o pedido, salada de frutas, suco natural, o puxou para deitar no colo

- Eu só como coisa natureba, desde quando sente que sua esposa, mudou?

Ele disse que a dois meses talvez mais, confessou não ter paciência para esperar nada, Daisy estava o acariciando

- Eu sou vingativa, se não estourar consigo bolar um plano.

- Mais geralmente a ansiedade me domina, perco a cabeça e já era.

- Acha que ela está te traindo?

Ele disse que não fisicamente já que frequentavam festas de swing, mais que provavelmente ela se apaixonou por outra pessoa e não estava conseguindo se afastar, terminar aquilo.

Ela começou rir

- O que? Você não tem ciúmes?

- Eu sou muito ciumenta, o que é meu ninguém encosta.

- Imagina minha melhor amiga e o meu namorado me traindo, como estou contente.

Ele levantou pegar o pedido

- Tenho ciúmes, e por isso me arrependo amargamente de abrir o relacionamento pra essas coisas.

Ajeitou o travesseiro pra ela ficar sentada mais confortável

- Então por isso não quer usar o cartão? É dele?

Ela balançou a cabeça que sim, enxugou os olhos marejados

- Vou voltar a comer carne, cortar a cabeça dele e mastigar os olhos.

- Vou deixá-la assistindo, a coitadinha não suporta ver nada forte, toda emotiva e boazinha.

Ele começou rir

- Boazinha até demais, furou seu olho.

Ela concordou, começou comer o servindo na boca

- Sei que sou difícil as vezes, mas eu, olha pra mim.

- Chego a ser previsível, se xo casual, iria a uma festa com desconhecidos, brigaria no trânsito e faria barraco em qualquer lugar.

- Mas ela, ahhh não.

- É o tipo de pessoa que você não espera ser ferido, quando a conheci senti pena.

- Sério eu ri muito dela, toda sonsa, fomos morar em república, ela era quase muda, só balançava a cabeça e o pessoal todo descontraído curtindo a novidade da mudança, conversando se conhecendo.

- Acho até que ela percebeu, eu e as meninas rindo das roupas dela.

- Eu tinha perdido a minha mãe a um tempo e já estava ciente que era eu ou eu, sozinha.

- Então, bebi todas como sempre, fui deitar e não conseguia dormir, com ela chorando no quarto.

- Perguntei brava se dava pra parar, ela se sentou aos prantos, quero minha casa, vou embora, não consigo ficar longe da minha família.

- Eu já estava de saco cheio né, me sentei fula, falei que a minha mãe havia morrido e eu não chorava todas as noites como uma menininha assustada.

- Queria causar medo e o que houve, foi que nos identificamos. Ela levantou foi perto de mim, começou falar ainda se derretendo.

- Pois eu me sinto uma menininha mesmo tá, não sei da sua vida e a minha, não é assim. Eu nunca dormi fora de casa, nem quando criança!

- Vou embora!

Começou rir nostálgica

- Me sentei toda mandona; não vai coisa nenhuma, dinheiro não é capim, se veio vai ficar, sua mãe te mandou acreditando em você.

- Deita aqui e para de chorar! Anda logo.

- Ela correu pegar o travesseiro e deitou na minha cama, antes de dormir disse que sentia muito por eu não ter mãe, e que me emprestaria a dela, enquanto desse, foi gentil comigo.

- Fez meu leite no outro dia, colou um bilhete fofo nas minhas coisas, dizendo que ia tentar mais um pouco.

- Não conversamos mais e ela me olhava feito um cachorrinho, observando eu com as outras pessoas.

Ele estava super entretido, perguntou se ela quis adotar o filhote, Daisy estava com os olhos marejados

- Claro, filhotes são fofos. Alguns dias depois, ouvi uma colega rindo dela, porque perdeu uma entrevista por não saber andar sozinha!

- Ela não era do tipo que conversava com quem não puxava assunto e eu invasiva, curiosa, sempre tomando a frente.

- Percebi que ela não foi jantar, ficou horas deitada com a cabeça coberta chorando.

- Levei um prato de comida, entrei já mandando. Garota levanta e para de chorar!

- Não vai dormir comigo toda vez que estiver assim. Ela disse que não queria nada, fui sentar perto, disse que a deixaria dormir junto, se comesse e ficasse quieta.

- Ela contou o que aconteceu, novamente queria desistir, eu tive que remarcar a entrevista e ir junto, fomos nos aproximando, eu gostava de falar horrores e ela aparentemente de ouvir.

- Era tipo um relacionamento, a gente não precisa só gostar, temos que tipo completar um ao outro.

A Preferida Do Ceo ( CONCLUÍDO )Onde histórias criam vida. Descubra agora