Ele perguntou qual era a história real dela, Daisy ficou séria se deitou de frente pra ele o olhando
- Não sei.
- Confiei nas pessoas erradas.
- Doente não tenho muito o que fazer.
- E não falo só de relacionamento não, amizades.
- Eu bebo, porque as dores diminuem, acredite os remédios não ajudam como deveriam.
Ele acariciou seu rosto
- Sinto muito!
- Já tive umas decepções dessas.
- Vai passar!
- Você não tem cara de quem se deixa abater facilmente.
Ela começou rir, se sentou para pegar um salgadinho
- Ahhh não, eu sou completamente maluca.
Ele se levantou
- Também sou, está com fome?
- Pede alguma coisa melhor.
Deu o cardápio pra ela, sentou próximo fazendo carinho
- Tô super bolado com a minha... Com ela!
- Não gosto de mentiras, tem algo muito errado rolando, não sei o que pensar.
- A gente tinha tudo, tipo era um casal dez e agora, tem dias que ela parece uma completa estranha.
- E quando eu tento me aproximar, saio como errado.
- Não entendo o que mudou.
Daisy fez o pedido, salada de frutas, suco natural, o puxou para deitar no colo
- Eu só como coisa natureba, desde quando sente que sua esposa, mudou?
Ele disse que a dois meses talvez mais, confessou não ter paciência para esperar nada, Daisy estava o acariciando
- Eu sou vingativa, se não estourar consigo bolar um plano.
- Mais geralmente a ansiedade me domina, perco a cabeça e já era.
- Acha que ela está te traindo?
Ele disse que não fisicamente já que frequentavam festas de swing, mais que provavelmente ela se apaixonou por outra pessoa e não estava conseguindo se afastar, terminar aquilo.
Ela começou rir
- O que? Você não tem ciúmes?
- Eu sou muito ciumenta, o que é meu ninguém encosta.
- Imagina minha melhor amiga e o meu namorado me traindo, como estou contente.
Ele levantou pegar o pedido
- Tenho ciúmes, e por isso me arrependo amargamente de abrir o relacionamento pra essas coisas.
Ajeitou o travesseiro pra ela ficar sentada mais confortável
- Então por isso não quer usar o cartão? É dele?
Ela balançou a cabeça que sim, enxugou os olhos marejados
- Vou voltar a comer carne, cortar a cabeça dele e mastigar os olhos.
- Vou deixá-la assistindo, a coitadinha não suporta ver nada forte, toda emotiva e boazinha.
Ele começou rir
- Boazinha até demais, furou seu olho.
Ela concordou, começou comer o servindo na boca
- Sei que sou difícil as vezes, mas eu, olha pra mim.
- Chego a ser previsível, se xo casual, iria a uma festa com desconhecidos, brigaria no trânsito e faria barraco em qualquer lugar.
- Mas ela, ahhh não.
- É o tipo de pessoa que você não espera ser ferido, quando a conheci senti pena.
- Sério eu ri muito dela, toda sonsa, fomos morar em república, ela era quase muda, só balançava a cabeça e o pessoal todo descontraído curtindo a novidade da mudança, conversando se conhecendo.
- Acho até que ela percebeu, eu e as meninas rindo das roupas dela.
- Eu tinha perdido a minha mãe a um tempo e já estava ciente que era eu ou eu, sozinha.
- Então, bebi todas como sempre, fui deitar e não conseguia dormir, com ela chorando no quarto.
- Perguntei brava se dava pra parar, ela se sentou aos prantos, quero minha casa, vou embora, não consigo ficar longe da minha família.
- Eu já estava de saco cheio né, me sentei fula, falei que a minha mãe havia morrido e eu não chorava todas as noites como uma menininha assustada.
- Queria causar medo e o que houve, foi que nos identificamos. Ela levantou foi perto de mim, começou falar ainda se derretendo.
- Pois eu me sinto uma menininha mesmo tá, não sei da sua vida e a minha, não é assim. Eu nunca dormi fora de casa, nem quando criança!
- Vou embora!
Começou rir nostálgica
- Me sentei toda mandona; não vai coisa nenhuma, dinheiro não é capim, se veio vai ficar, sua mãe te mandou acreditando em você.
- Deita aqui e para de chorar! Anda logo.
- Ela correu pegar o travesseiro e deitou na minha cama, antes de dormir disse que sentia muito por eu não ter mãe, e que me emprestaria a dela, enquanto desse, foi gentil comigo.
- Fez meu leite no outro dia, colou um bilhete fofo nas minhas coisas, dizendo que ia tentar mais um pouco.
- Não conversamos mais e ela me olhava feito um cachorrinho, observando eu com as outras pessoas.
Ele estava super entretido, perguntou se ela quis adotar o filhote, Daisy estava com os olhos marejados
- Claro, filhotes são fofos. Alguns dias depois, ouvi uma colega rindo dela, porque perdeu uma entrevista por não saber andar sozinha!
- Ela não era do tipo que conversava com quem não puxava assunto e eu invasiva, curiosa, sempre tomando a frente.
- Percebi que ela não foi jantar, ficou horas deitada com a cabeça coberta chorando.
- Levei um prato de comida, entrei já mandando. Garota levanta e para de chorar!
- Não vai dormir comigo toda vez que estiver assim. Ela disse que não queria nada, fui sentar perto, disse que a deixaria dormir junto, se comesse e ficasse quieta.
- Ela contou o que aconteceu, novamente queria desistir, eu tive que remarcar a entrevista e ir junto, fomos nos aproximando, eu gostava de falar horrores e ela aparentemente de ouvir.
- Era tipo um relacionamento, a gente não precisa só gostar, temos que tipo completar um ao outro.
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A Preferida Do Ceo ( CONCLUÍDO )
RomanceDISPONÍVEL NA AMAZON - DREAME - LERA!! Daisy mantém um relacionamento virtual com Justin, que parece ter saído do multiverso da Netflix, um empresário de meia idade, muito educado e carismático, um homem que já sofreu o bastante em relacionamentos e...