Ela ficou surpresa
- Nossa, que difícil.
- Eu nunca tive um relacionamento sério. Meus pais me tiveram um pouco mais velhos, e são de família tradicional.
- Fui criada com tudo certinho, nunca peguei nada que não era meu, nem falo palavrões ou faço algazarra por aí, nunca fui a festas de tipo nenhum .
- Fui beber pela primeira vez esse ano, sempre tive meio que vergonha de mim.
- Nunca me senti notada e tentada, a fazer algo, até que tudo aconteceu. Maldita hora, em que eu pensei, em talvez me arriscar!
Ele acariciou o cabelo dela
- Eiii não é só culpa sua. Eu te notei desde que nos conhecemos, você é muito bonita e mesmo se fosse feia, é simpática, educada, atrapalhada e divertida!
Começaram rir, ela derramou algumas lágrimas, ficou sentida
- Eu sei que você não me notaria, em outras situações.
- Foi tudo um grande mal entendido, com o Justin. Eu sempre achei ridículo aquele namoro virtual da Daisy e nós somos próximas a anos, ela claramente é muito diferente de mim, tipo, um pavão, gosta de se arrumar sempre, chamar atenção, é sensual e segura de si, faz esportes radicais, é destemida, desbocada.
- Faz amizade com todos. Estávamos com uma viagem marcada, para vir passar as festas aqui, no Brasil.
- Foi muito difícil juntar dinheiro, fiz vários trabalhos extras e ela também.
- Eu só queria ficar com a minha família e ela, com o namorado, estava verdadeiramente apaixonada e era muito irritante.
- Ela foi atropelada e ficou em coma, cancelei a viagem e toda a responsabilidade caiu sobre mim, porque ela é sozinha, não tem família, a mãe faleceu.
- Gastei tudo, o que nem tinha, com hospital, medicação, lá as coisas o sistema é muito diferente, não gostam dos brasileiros.
- Fiquei com medo e já não tinha o que fazer, estavam falando que ela morreria logo.
- Como ela desapareceu, o Justin foi até lá, eles tinham um pacto ridículo de nunca se verem, conversavam por mensagens e ligações, sem ver ao menos o rosto um do outro.
- Ela não sabia das condições financeiras e eu percebi depois, que ele realmente queria esconder, é um lunático né, egocêntrico. Eles tem tudo a ver!
Theo concordou surpreso, ela continuou falando
- Atendi uma ligação e ele disse que estava lá, todo preocupado. Eu não precisei falar quase nada, ele deduziu que o acidente foi com a minha colega.
- Tive muito medo dele ser alguém ruim, eu ia contar a verdade.
- Nos encontramos em uma lanchonete, fiquei muito nervosa e novamente, ele achou que eu era ela.
- Mal pudemos conversar e ligaram do hospital, queriam transferir ela. Reparei nas roupas dele, no carro, e o inglês impecável, percebi que tinha uma condição boa.
- Apenas me calei, ele ofereceu ajuda, para voltarmos ao Brasil, tomou as rédeas de tudo, conversou com médico, foi resolvendo tudo e eu assistindo como alguém na plateia.
- Antes de viajar eu quis contar, mas fui covarde, como sempre. Ele até me pediu em namoro oficialmente, achei que falar já aqui, seria melhor, porque se ele não fosse mais ajudar, aqui tenho família e o SUS de qualquer forma.
- Quando chegamos ele continuou nos dando tudo do bom e do melhor. Meu pensamento era nela, quase não conversamos, ele foi gentil, afetuoso e...
- Pareceu bom e sincero.
- No primeiro dia as desconfianças começaram, Daisy é muito ativa, entende?
- Faziam coisas pelo celular, quando ficamos a sós, ele disse coisas, tipo sacanagem. Fiquei desesperada, cada momento a sós, era constrangedor! Eu não queria nem o beijar, logicamente.
- Fui evitando. A irmã dele olhou pra mim e suspeitou, o cachorro quase me matou do coração, a Daisy até adestra e eu tenho medo. Também vi e ouvi coisas que magoaram muito, ninguém entendia como ele havia arrumado uma namorada tão gorda, desleixada .
- Muito tola, achei que ele queria me agradar, mas não, estava jogando e me testando, fez eu comer coisas que a Daisy gosta, muita comida natureba.
- Fomos acompanhar a família dele, em um passeio no meio do mato, foi completamente horrível, eu não tinha roupas e calçados adequados, pra piorar cai na água descendo de bote.
- Tenho pavor de água e a Daisy é nadadora, fiz um escândalo, chorei e virei piada, entre eles.
- Hoje eu percebo que ele fez tudo de propósito. Pra fechar a minha péssima atuação, me deram um doce com coco, para comer.
- Sou alérgica! Fui direto para o hospital. Adivinha quem ama beijinho?
Ele estava super entretido, ofereceu mais champanhe
- Daisy?
- Quando ele soube? Nós já tínhamos nos conhecido?
Ela sorriu envergonhada
- É, ela ama coco. Ele me confrontou, foi extremamente rude ao me ver confessar e me expulsou.
- Fui ficar no hospital porque não podia só ir pra casa. Estava mentindo para meus pais!
- Então as ameaças começaram, ele disse que eu ia sustentar a mentira, pelo bem da família dele.
- Já sabia tudo sobre mim, ameaçou ir contar em casa, que eu estava dando um golpe. O que fiz foi crime!
- Tive medo, muito. A Lola me ajudou, fiquei na casa dela um tempinho, mas logo o Justin foi me buscar.
- Acho que o feri, ele queria fazer o mesmo. Me tratando com indiferença, deboche, provocação, raiva, então te conheci.
Começou chorar sentida
- Naquele dia ele me fez comer macarrão, que eu não gosto muito. E só comeu aquela picanha, para provocar, porque eu amo carne, mas a Daisy não come.
Ele se aproximou a abraçou
- É pior do que eu imaginava. Não precisa falar mais nada!
- Eu acredito em você!
Ela foi ao banheiro, logo voltou
- Eu não sei odiar e maltratar ninguém. Queria ter reagido, mais não conseguia!
- Aquela viagem a praia foi o auge, tive medo do comportamento tóxico dele, quebrou meu celular, gritou comigo, coisa que nem meu pai nunca fez.
- E eu fui aceitando, só porque queria saber, como era ser notada.
- Me permiti viver, arriscar, sem pensar que a culpa, me destruiria.
- Meu pai é parecido com ele, o jeitão bravo, por várias vezes ele me machucou e eu não retribuí. Ele foi parando de me maltratar, começou realmente olhar pra mim Olívia, entende?
- Nos aproximamos, aconteceu! Gostei de ter isso, aquela sensação de não estar só, mais eu sempre tive comigo, que não era pra ser meu!
- Quando nos beijamos pela primeira vez em que eu senti algo diferente, eu tomei uma decisão, mesmo que inconsciente.
- Sou boba, romântica e adoro clichês. Cansei de ler romances, com homens assim!
- A gente fantasia muito. Quando estávamos nos aproximando, ele foi ficar com a ex, acho que sempre ficou na verdade.
- No dia do show, fomos jantar fora, ele desfez de mim, o tempo todo, cheguei chorar. Conheci a Mel e ele me xingou, com receio de eu passar uma má impressão sobre ele!
- Ainda assim, deixei ele se aproximar depois, ficamos no show e tudo aconteceu, fui exposta ao ridículo.
Ele interrompeu
- Eu vi tudo. Só ficou comigo porque estava magoada e eu tirei vantagem da sua situação!
- Não devia ter feito isso.
Ela sorriu pensativa
- Eu nunca usaria alguém, dessa forma.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Preferida Do Ceo ( CONCLUÍDO )
RomanceDISPONÍVEL NA AMAZON - DREAME - LERA!! Daisy mantém um relacionamento virtual com Justin, que parece ter saído do multiverso da Netflix, um empresário de meia idade, muito educado e carismático, um homem que já sofreu o bastante em relacionamentos e...