Rodolffo até podia tê-la levado para o hotel onde estava hospedado que era o mesmo onde ela já tinha estado, mas para não constrangê-la decidiu rumar a outro hotel.
Pediram um quarto que logo lhes foi facultado.
Rodolffo abriu a porta e assim que entraram segurou Juliette pela cintura enquanto a beijava. Ela subiu com seu colo e colocou as pernas à volta da sua cintura enquanto os braços o abraçaram pelo pescoço.
Ele deitou-a na cama e começou a tirar-lhe a roupa enquanto ela desabotoava a camisa dele.
Não viram as horas passar. O momento era deles. A conexão era deles. Conheciam-se há pouco tempo, mas era como se fosse há anos.
Depois de horas de sexo decidiram pedir o jantar.
- Vou ligar para a dona Catarina. Não que eu lhe deva satisfações, mas acho que devo. Ela é uma querida.
- Diz que só vais amanhã.
- Levas-me cedo, porque eu vou trabalhar.
- Mas...
- Sem mas, Rodolffo. Não muda nada.
- Está bem. Não digo mais nada.
Tomaram e banho e amaram-se uma vez mais. Depois veio o jantar e desfrutaram de uma bela refeição, assistiram um filme e dormiram abraçados.
Juliette foi a primeira a acordar. Subiu em cima de Rodolffo e deu-lhe muitos beijinhos.
- Vou querer acordar sempre assim.
- Não vai ser possível. Tu no Rio e eu em São Paulo.
- Eu mudo para cá. Se precisar mudo também o escritório.
- Vamos levantar? Precisas levar-me para trocar de roupa.
- Ainda temos um tempinho. Vamos namorar de novo?
- Namorar, é?
- Fazer amor é namorar. O resto é sexo.
Juliette despediu-se de Rodolffo com um beijo na entrada de casa.
- Quando vais para o Rio?
- Às 14 horas. Se não fosses trabalhar eu ficava mais uns dias.
- Eu vou trabalhar sim. Liga quando chegares.
- Pensa na minha proposta sobre a faculdade. Continuas a trabalhar e eu ajudo-te. Eu posso.
- Prometo que vou pensar. Adeus gostoso.
- Adeus bombonzinho. Volto em breve.
Juliette entrou em casa. Dona Catarina espreitava à janela.
- Coisa feia dona Catarina.
- Quem, eu ou ele?
- Rsrsrsrs. Uma senhora da sua idade!
- Aproveitaste, Ju?
- E de que maneira. Ele é fantástico. Um bocadinho inconsciente, mas um amor.
- É isso mesmo. Viúvas, solteiras ou divorciadas, temos mesmo é que aproveitar.
- Não me diga que tem um namorado?
- Naaaaão! Mas também não estou morta. De vez em quando é necessário lubrificar a máquina.
- Dona Catariiiina!!!! Eu estou abismada. Que massa. Eu conheço?
- Não. Sabes, de vez em quando nós temos umas excursões organizadas pela igreja. São sempre 2 ou 3 dias. Vai que em um qualquer quarto de hotel a coisa acontece. Eu sempre fico num quarto sózinha para não dar cavaco a ninguém.
- E está certa. A vida é sua e ninguém tem que opinar.
- Como tu, filha. Se esse homem te faz bem, aproveita. O amanhã pertence a Deus.
- Agora vou trocar de roupa para ir trabalhar.
Rodolffo apareceu no restaurante ao final dos almoços. Pediu a sala reservada, fez o pedido e quis Juliette com ele.
Tinha adiado a viagem para o início da noite só para passar mais uns minutos com ela.
Juliette ficou com ele durante o almoço, mas pregou-lhe um valente sermão. Não gostou porque não queria ser julgada pelos colegas.
Rodolffo concordou e prometeu não fazer mais ou talvez fizesse. Ela sorriu, ele deu-lhe um beijo e foi embora.