De volta a casa...
3 meses passaram. Juliette estava angustiada e deprimida. Não trabalhava nem engravidava. Qualquer coisa a irritava e por vezes descontava no Rodolffo.
Há 15 dias tinham consultado um especialista. Os dois gozavam de boa saúde e nada os impedia de ser pais.
- Calma, amor. Ouviste o médico. Estares ansiosa não ajuda muito.
- Então porque é que não fico grávida se está tudo bem?
Rodolffo eu já recusei propostas de trabalho muito boas e nada. Deus não quer que eu seja mãe. Tirou-me o meu outro filho e agora isto.- Pára com isso. Estares assim é bem pior. Se achas que ajuda, aceita um trabalho.
- E se depois engravidar?
- Paciência. Há tanta mulher grávida a trabalhar. Havemos de resolver. O que não vale é estares assim.
Juliette chorava e Rodolffo abraçou-a para lhe dar algum conforto.
- E se realmente eu nunca for mãe, tu ainda vais gostar de mim?
- Independentemente de tudo eu vou amar-te sempre, minha tolinha.
Aquele dia passou e Juliette começou a analisar as propostas de trabalho que tinha na sua frente.
Algumas eram por indicação dos seus professores da faculdade que viram muito potencial nela.
Havia também uma do escritório de Pedro que Rodolffo tinha posto logo de lado, mas que ela analisava igualmente.Juliette sempre controlava as suas regras que eram certinhas. Já faz dois dias que a sua menstruação estava atrasada. Ela não disse nada nem quis criar expectativas. Resolveu esperar mais uns dias para se decidir a fazer o teste.
Uma semana depois tudo estava igual. Juliette foi à farmácia comprar dois testes e voltou correndo para casa.
Ambos deram positivo mas ainda assim ela não ficou convencida. Ligou para um laboratório de análises e marcou um teste de sangue.No dia seguinte, assim que Rodolffo saiu para o escritório, ela seguiu para o laboratório.
Fez a coleta de sangue e uma hora depois confirmaram-se os resultados dos testes.Naquele momento, Juliette era o espelho de felicidade. Saiu do laboratório e passou numa casa de artigos de bébé.
Comprou uma franda de pano, uma chupeta e uns sapatinhos.
Mandou fazer um embrulho bonito e foi para casa.
Rodolffo chegou no final do dia. Juliette dormitava no sofá com o presente ao lado.
Deu-lhe um beijo e ela abriu os olhos.- Já vieste? Estava cansada e adormeci.
- E andaste a fazer o quê para te cansares?
- Nada de especial. Tenho um presente para ti.
- Mas nem é meu aniversário. O que é?
Juliette entregou-lhe o presente e ele foi desembrulhar. Assim que abriu ajoelhou-se na frente dela e deitou a cabeça no seu colo.
- Verdade, amor? Tens a certeza?
- Tenho. Estão aqui os resultados.
- Que felicidade. Obrigado meu Deus. Obrigado meu amor.
Rodolffo segurou no rosto dela e beijou-a com paixão.