- Amor, acorda.
- Ainda estou com sono. Só mais um bocadinho.
- Tínhamos combinado sair cedo e conhecer um pouco de Milão. Amanhã vamos para Génova.
- Ficamos aqui mais um dia.
- Está bem. Vou descer, reservar outra noite e pedir o café, mas vai acordando.
- Pede pelo telefone. Fica aqui abraçado a mim.
- Já avisaram que o carro que aluguei chegou.
Não sei se foi da conversa de ontem, mas sonhei com um menino
nosso.- Menino, é?
- Sim.
Sabes que há muito tempo eu tinha bondade de tocar neste assunto, mas tive medo de te magoar pelo que aconteceu no passado.- Magoar porquê? Um aborto é dificil de superar e deixa traumas, mas contigo sinto-me confiante e protegida.
- É muito bom saber isso. Quero que saibas que vou sempre apoiar-te e o nosso bébé vai ser o mais amado.
- Eu não tenho dúvidas de que serás um excelente pai.
Bateram à porta. O café tinha chegado.
- Estou mesmo esfomeada. Tu maneira as noites porque se for sempre como ontem eu vou regressar rebolando.
- E de buchinho cheio.
- Tu achas que o nosso filho pode ser gerado aqui.
- Claro que pode.
- Hum este capuchino está uma delícia.
Terminaram o café e foram tomar banho.
Pouco tempo depois saíram e optaram por não ficar outra noite. Iam visitar alguns lugares de Milão e depois seguiriam para Génova.
- Lá tem praia, não é Rodolffo?
- Sim. Praias lindas. Vais adorar o meu chalé, quer dizer, agora é nosso.
- Posso gostar tanto e querer ficar.
- E eu mudo tudo outra vez. Eu vou onde os dois estivermos felizes.
- Obrigada por tudo.
Juliette inclinou-se e deu-lhe um beijo. Colocou a mão na perna dele e acariciou-o.
- Olha que eu vou a conduzir. Deixa-te de safadeza. Quando sairmos da cidade eu trato de ti.
- Ué! Só fiz um carinho na tua perna. Isso é safadeza?
- As tuas mãos têem electricidade. Tocas em mim e ligam logo todos os polos negativos e positivos.
- Não sabia. Não faço mais. Beijinho pode?
- Podes tudo meu bem. Nesse caso preciso parar o carro.
- Não. Vamos seguir viagem.
Já era tarde quando deixaram Milão.
Até chegar a Génova ainda tinham muita estrada. Teriam que viajar cerca de duas horas por autoestrada.Finalmente entraram em Génova. Pararam num restaurante para jantar e só depois seguiram para o chalé.
A porta era accionada por um código que Rodolffo marcou e logo abriu a porta. Juliette admirou o belíssimo edifício do exterior. Como o local era bem iluminado dava para ver como era bonito.
Foi no interior que ela ficou deslumbrada.
- Eu quero ficar aqui...