Ciúmes, eu?

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Juliette sem saber que Rodolffo vinha do Rio para estar com ela neste dia, prometeu que ia ajudar os colegas ao jantar e para ela promessa é divida.

- Mas amor, eu queria estar contigo.

- Estamos depois de terminar o expediente.  Eu fico a noite contigo.

- Eu queria agora. Puxa, há tantos dias que a gente não se vê?

- Tu como patrão achavas bem o teu pessoal fazer isso?

- Mas tu és minha namorada.  É diferente.

Tenho que dar o exemplo.  Não quero que digam que sou beneficiada.

- Então vou jantar com a Vanessa e depois venho ter contigo.

- Quem é a Vanessa.?  Jantar onde?
Porque não jantar aqui?

- Ishhh, Quanta pergunta.   Calma.  A Vanessa é lá do escritório do Rio e  veio comigo conhecer o novo restaurante.  Pensei ir jantar noutro sítio e não aqui.

- Estão  no mesmo hotel?

- Sim.  Regressamos amanhã.

- É bonita?  Loira ou morena?

- É loira, mas porquê tanta pergunta?
Por acaso estás com ciúmes?

- Ciúmes,  eu?  Não tenho ciúmes, é só curiosidade mesmo.

Rodolffo beijou-a intensamente.

- Bobinha.  Vim sózinho,  não há Vanessa nenhuma.  Era só um teste.

- Um teste à minha paciência.

- Aos teus ciúmes.  Afinal todos temos um pouco.  É normal.   Vai lá.  Vou resolver uns assuntos, venho jantar e depois saímos

- Boa tarde patroa. - disse Paulo assim que ela entrou.

- Que gracinha!  Vejam lá o pivete.

- O patrão vem jantar hoje?

- Vem sim.

- Estou tramado.  Vai requisitar a minha colega e eu que me vire com o trabalho.

- Eu prometo não te deixar na mão.  E hoje nem temos muitas reservas.

- Eu sei.  Estou a mangar contigo.  Fica à vontade.

Rodolffo chegou perto do final dos jantares.  Pediu uma coisa rápida e leve para não atrasar a cozinha.
Juliette nem se sentou com ele.  Fez o seu trabalho e saiu no horário habitual.

- Queres ir a algum lado, Ju.

- Vais embora amanhã.   Quero só ficar contigo.   Vamos para o hotel.

- Acho lindamente.  Estou com saudades tuas e não sei quando posso voltar.  Trouxe um presente do Rio para usares esta noite.

- Aposto que é safadeza.

- Está apostado.  Mas é safadeza boa.  Trouxe um óleo de massagem que vai deixar-te molinha, molinha.  Do jeitinho que eu gosto.

- E como tu sabes?  Já experimentaste em alguém?

- Claro que não.   Foi a vendedora que falou.

- Conversa de vendedor não dá para crer.  Precisamos testá-lo.

- Nos dois.  Hoje vamos testar juntos.

- Eu não sou tão boa de massagem como tu.  Falta-me aquela força nos dedos.

- São muitos anos de prática.

- Prática com quem sr. Rodolffo?

- Com as mina que eu estava.  Mentira.  Esta conversa não vai a lado nenhum.  É só para te aperriar.

- Eu não tenho ciúmes do teu passado.  Se tivesse sido bom não estavas aqui comigo.   O meu medo é aparecer alguém melhor que eu.

- Não vai aparecer.  Eu amo-te e basta.

- Eu também te amo.

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