Capítulo 3: não havia amor.

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Broxfield, 7 de maio de 1827

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Broxfield, 7 de maio de 1827.

Hoje faz quinze dias que vi aquela mulher de cabelos cor de fogo. Não entendo ainda para onde a dama foi, mas parece que era necessário fugir. Até penso em procurá-la, mas não estou disposto a tirar os investigadores da busca pela minha irmã por uma mera desconhecida.

Ainda me recordo da ira que senti quando a vi correndo pelos campos de lavandas da minha irmã, mas a cada instante que passei ao lado dela, é como se a raiva diminuísse gradualmente. Como se a ruiva exalasse alegria e boas sensações.

Depois do meu valete me ajudar a colocar a minha roupa, saio dos meus aposentos e me direciono para onde a mesa do café da manhã está. O cheiro delicioso é notado por mim e minha barriga ronca de fome. Me sento na ponta da mesa amarronzada, começo a preencher meu prato com bacon, fatias de pão e bolo de cenoura.

— Milorde, bom dia! — Evangeline, minha governanta, surge na sala do desjejum com vários jornais em mãos. Não avisto o mordomo por aqui, mas creio que ele esteja trabalhando em algo — Trouxeram as notícias de Londres!

Ela tem cerca de 45 anos e possui cabelos acastanhados, um rosto gentil e convidativo. Sua alegria exala como purpurina. Infelizmente, ela não tem filhos, mas é amorosa com todos os meus empregados e principalmente comigo. Ela é como uma mãe adotiva, era também para a minha irmã e esse é o seu único momento de demonstrações de tristeza, quando se recorda do sumiço de Rosalie.

— Bom dia, Sra. Miller! Para estar tão alegre, presumo que as notícias são boas.

— Quase todas são! — ela quase salta alegre.

— Me desculpe pelo questionamento, mas por que está tão feliz a essa hora da manhã? — o sorriso dela se intensifica.

— Eu sempre acordo alegre, Sr. Harris.

— É do meu conhecimento, sequer sei por que questionei. — rio levemente — Presumo que Londres está animada, pois a temporada está para começar.

A Sra. Miller assente pensativa enquanto enche minha xícara com chá fumegante de uma coloração avermelhada. Percebo que ela usa o seu típico vestido esverdeado, de um tom escuro e recatado. Seleciono um dos jornais que ela me trouxe e o abro em uma tentativa de ignora-la.

O Visconde e a Amazona (Obra De Época)Onde histórias criam vida. Descubra agora