O Visconde e a Amazona (Obra De Época)

Capítulo 4: está demitida, Srta. Green.

Adentro ao meu quarto e me jogo na minha cama, os meus pensamentos constantes me deixam com dor de cabeça. Preciso espairecer e pensar em algo que não sejam problemas.

Volto a me levantar e desço até o hall para pedir que encham a banheira com água quente.

— Evangeline? — a chamo e ela surge no meu campo de visão.

— O que quer? — ela limpa as mãos no avental e sopra um fio de cabelo que está no rosto.

— Peça que preparem um banho para mim.

— Irá sair? — ela indaga.

— Sim. — assumo — Vou ao bar da vila.

— Sempre que esses investigadores aparecem, logo em seguida o senhor sai para esse bar. — percebo um leve tom de tristeza.

— Evangeline, eu sei que é um costume meu. Peço desculpas por ser um inútil que nem é capaz de encontrar a própria irmã! — brado.

— Ouça, rapaz! — ela sussurra firme — Não é inútil e se repetir isso lhe darei uns cascudos!

Ela sorri tristemente ao se aproximar de mim. Suas mãos pousam sobre os meus ombros de modo confortante.

— A culpa não é sua. Não sabemos o que ocorreu naquele baile para ela ter desaparecido, além disso, eu vejo o seu esforço para recuperar a presença dela nesta casa. Fico triste por você ter que recorrer a esses bares para evitar de pensar nos problemas que ocorrem.

— Eu estou me esforçando, mas estou cansado de falhar.

Ela acaricia o meu rosto e em seguida me abraça. Um abraço tão terno e cheio de carinho materno. Infelizmente a minha mãe morreu por tuberculose quando eu tinha 5 anos de idade, então a partir daquele momento, Evangeline passou a ser a minha figura materna.

— Vá e se divirta! — ela se afasta sorrindo — Porém, não beba demais! — soltamos uma gargalhada — Não desejo mandar alguém te buscar porque exagerou no álcool!

— Certo! Mas antes prepare um banho para mim, não quero ter fama de fedorento! — brinco.

— Tarde demais para isso! — ela provoca.