Capítulo 10: nessa altura do campeonato.

103 21 8
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Pisco os olhos pelo nervosismo que me encontro, engulo em seco aguardando alguma reprimenda e até mesmo tentando ignorar a onda de vergonha que estou a sentir

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Pisco os olhos pelo nervosismo que me encontro, engulo em seco aguardando alguma reprimenda e até mesmo tentando ignorar a onda de vergonha que estou a sentir. Os cabelos escuros do lorde Townshend estão rebeldes e há alguns fios pendidos sobre a sua testa, no seu rosto a sombra da sua barba pode ser vislumbrada pelo seu rosto marcante.

Como se fosse possível, perco ainda mais o compasso das minhas ações ao ver a sua camisa branca um pouco transparente pelo suor e levemente suja de terra desabotoada até o cós da calça. Os poucos pelos do seu tórax podem ser observados por mim e há músculos em Sebastian que sequer eu sabia que era possível. Desço o meu olhar pela sua calça preta que também contém terra presa ao tecido, contudo nem se compara ao jeito que as suas botas de cano alto estão.

O seu cheiro estava exalando pelo cômodo, mas dessa vez havia cheiro de liberdade juntamente com o seu perfume amadeirado.

Mallachd!maldição em gaélico escocês — Sr. Harris? — indago em um sussurro tão baixo que nem sei se o homem em minha frente foi capaz de ouvir.

— O meu lençol está cheirando mal?

"De modo algum. Estás tão cheiroso o aroma que eu seria capaz de senti-lo pela minha vida inteira". Respondo mentalmente e em seguida arregalo os olhos ao me dar conta dos meus pensamentos confusos.

Engulo em seco e apenas nego com a cabeça, sinto as minhas bochechas queimarem a cada instante que passa. Os seus olhos estão fixados ao meus como imãs impermeáveis, há um leve sorriso no seu rosto que parece me consumir de um modo estranho e permito-me dizer que jamais senti esse formigamento no estômago por nenhum cavalheiro.

— A senhorita está bem? — ele indaga com a voz rouca.

Volto a olha-lo nos olhos e então engulo em seco, pois estou transtornada e sem compreender o que está acontecendo com os meus sentidos primitivos. Balanço a cabeça com leveza para afastar esses pensamentos intrusivos que parecem se tornar constantes desde que o vi pela primeira vez.

— Shite! — sussurro a palavra no meu idioma. A palavra significa merda, apenas isso.

— O que disse? — ele indaga.

O Visconde e a Amazona (Obra De Época)Onde histórias criam vida. Descubra agora