Capítulo 29: a traição dela corrói minha alma.

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O galo canta e eu desperto do meu perfeito sono ao lado de Charlotte

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O galo canta e eu desperto do meu perfeito sono ao lado de Charlotte. Para o meu desapontamento, vejo que ao meu lado há apenas o vazio. Enrugo as sobrancelhas quando não a vejo ao meu lado. Não há resquício algum da presença dela na noite anterior, é como se tivesse sido um sonho.

E se realmente tivesse sido um sonho?

Faço menção de me levantar da cama e então avisto um papel sobre a mesinha ao lado da minha cama. A pego por entre as minhas mãos a carta e antes que eu a abra, vejo o nome de Charlotte escrito, mas somente o primeiro nome, pois Green não está preenchido pela linda letra.

Abro, com a esperança de ser um ato romântico e a prova de que o que vivemos não foi um sonho.

"Sebastian Harris

Estou escrevendo essa carta aos prantos. A reescrevi tantas outras vezes que sequer sei se isso é o que devo fazer, mas é o que você merece: a verdade.

Eu menti o meu nome por todo esse tempo e eu também menti sobre as minhas origens. Menti para você de tantas maneiras que terminará lendo essa carta com o ódio vertendo por mim.
Não irei revelar o meu sobrenome verdadeiro para que não venha atrás de mim, mas não é Green.

O meu pai é alguém importante para a aristocracia e eu nunca fui pobre, Sebastian.
Eu fugi de casa, pois estava prometida a um homem que eu não amava e sequer apreciava a companhia. Eu poderia ter dito ao meu pai que não o queria, mas eu deixei que as coisas fossem acontecendo e quando percebi, um baile de noivado havia sido marcado. Fiquei com medo do meu pai ser ridicularizado por causa da filha que estava na segunda temporada e ainda assim, ter desistido do enlace. Então fugi, mesmo que agora eu perceba que entre desistir do enlace e fugir, desistir teria sido a melhor decisão.

Eu também sou órfã de mãe, mas a minha morreu no meu parto e eu nunca tive uma figura materna. O meu pai fez o possível, mas sempre houve essa ruptura na minha vida. Eu compreendo a sua dor, pois passei por ela também, mesmo que eu fosse apenas um bebê, cresci sem ela.

Desde que te conheci, venho remoendo a culpa por esconder quem sou de você. Essa culpa me tomou inúmeras noites de sono, mas desde o início eu pretendia ir embora. O meu pai está doente e eu preciso partir para casa e deixo com você a revelação das minhas mentiras.

O Visconde e a Amazona (Obra De Época)Onde histórias criam vida. Descubra agora