Capítulo 18: sem segundas intenções.

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O som estranho volta ao ambiente oculto pela madrugada e eu me vejo em apreensão caso alguém veja Charlotte seminua

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O som estranho volta ao ambiente oculto pela madrugada e eu me vejo em apreensão caso alguém veja Charlotte seminua. Um sentimento estranho de posse reina dentro de mim com a possibilidade de alguém vê-la nessas condições além de mim.

— Fique aqui e se cubra.

— Onde você vai?

— Eu verei quem está a nossa espreita, Lottie.

Faço menção de dar um passo em frente, quando abruptamente algo alaranjado pula em cima do balcão. No mesmo instante reconheço o bichano do mordomo e eu começo a rir com leveza.

— Então era você, Âmbar! — o meu riso se torna mais intenso.

— Essa é a gata do mordomo Roberts?

— A própria.

A felina nos observa enquanto lambe a própria pata com desconfiança pelos olhares assustados que está recebendo. Caminho na sua direção analisando o chão e consigo identificar restos de pão jogados ao chão.

— Então você estava fazendo um lanchinho nessas horas da madrugada?

A gata então mia com impaciência, como se julgasse a mim e a Charlotte por estarmos fazendo algo muito pior do que comer um pouco de pão.

— A senhora deseja um pouco de água? — ofereço a ela que começa a miar docemente — Aguarde um instante!

Volto para perto de Charlotte que me fita sorridente enquanto está escorada no balcão da pia, não chego a pedir licença, mas deixo a minha mão esbarrar para perto da sua nádega direita.

— Me desculpe. — me apresso em dizer — Eu estava procurando uma tigela para pôr a água para a gata que sequer me dei conta que...

— Que a minha bunda estava no caminho da sua mão? — sua indagação soa com ironia.

Sorrio com leveza enquanto fito os seus olhos castanhos tão intensos que me observam com uma atenção hipnotizante.

— Espero que não esteja ofendida pelo meu atrevimento.

O Visconde e a Amazona (Obra De Época)Onde histórias criam vida. Descubra agora