Em um impulso me aproximo e acerto um gancho de direita no rosto do projeto de jegue, Peter solta a rédea ao mesmo tempo que cai ao chão e o cavalo corre para o lado da ruiva.
— Você está louco?
— Como ousa ofender a mulher que está comigo? — indago.
Percebo que um aglomerado de pessoas se aloca na nossa volta, mas eu não perco a postura.
Olho para a Srta. Green e ela está em choque e com um semblante raivoso.
— Foi ele que te tocou sem a sua permissão? — questiono diretamente a ela.
Espero alguma resposta da parte dela, mas ela apenas assente sem me olhar. Consigo identificar determinação nas suas feições, me aproximo para que ela não faça nada impensado.
Pessoas desconhecidas não tem tanto valor por aqui e facilmente a mandariam para o xilindró. Como eu sou um visconde e todos me conhecem pelo meu título, sou tão respeitado quanto o delegado da vila e ouso dizer que até mais.
Toco o seu ombro e cochichos são ouvidos por mim pelo meu atrevimento ao tocar a dama.
Seu olhar sobe para onde a minha mão está depositada sobre o seu ombro e em seguida ela direciona os seus olhos castanhos para os meus.
— Confie em mim. — sussurro para que apenas ela me ouça.
A ruiva nada diz, mas eu percebo a sua concordância pelos olhos dela. Então eu direciono o meu olhar para o homem caído ao chão.
— Quero o cavalo! — ordeno.
O homem ao chão gargalha tocando o nariz visivelmente quebrado e com sangue vertendo pela parte inferior do seu rosto.
— É meu, lorde Townshend! Eu comprei e isso não está acima do seu título.
— Me dê o seu preço!
O homem sorri levemente enquanto reflete brevemente sobre a minha oferta, então seus olhos são moldados por um semblante lascivo.
— 100 libras. — ele anuncia.
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O Visconde e a Amazona (Obra De Época)
Historical FictionBroxfield, 23 de abril de 1827. ━ Então é a dama que está vandalizando o meu campo de lavandas? ━ Não vandalizei nada, senhor! Charlotte MacGregor, uma jovem escocesa, decide fugir para o campo para escapar de um casamento arranjado imposto por seu...