A minha carruagem mal estacionou e o filho do cavalariço veio nos alertar do homem que entrou por uma das janelas do térreo. Para piorar, um grito foi ouvido por todos nós. No mesmo instante reconheci a dona da voz que soava desesperada. Com tudo isso, me vi em meio a algo parecido com adrenalina e apenas quis matar o homem.
Apenas mata-lo.
Ao entrarmos no corredor que segue em direção ao quarto de banho, novamente um grito foi ouvido por mim. Não sei como, mas com toda a velocidade chutei a porta que voou longe, nem tentei verificar se estaria destrancada.
Quando pus os meus olhos para dentro do cômodo, vi o homem encurralando Charlotte. Novamente perdi os eixos e parti para cima dele, em busca de tira-lo de uma vez de perto dela.
O puxo para trás pelo pescoço e ele tosse engasgado, perdendo a sua compostura.
— Tire Charlotte daqui! — grito para Evangeline — Leve-a para os meus aposentos!
Ao concluir, brevemente fito o rosto de Charlotte. O seu olhar consumido por algo oculto me inebria e eu sequer sei como agir em meio ao caos. A única coisa que me dá direção para o que devo fazer, é pelo fato que quero ver o homem que está preso sobre o meu braço morto.
Evangeline ajuda a ruiva a caminhar em direção a saída e então ficamos no cômodo somente ele e eu. Solto um pouco o homem gordo e careca e então chuto suas costas com força. Ele cai sobre o chão e murmura palavras inaudíveis, então inesperadamente vejo um movimento brusco dele agir contra mim. Me esquivo e sinto uma dor leve perto do pulso, mas ignoro e chuto a adaga em sua mão para longe. Jogo o meu punho cerrado sobre a sua face e ele ousa sorrir, o que me deixa ainda mais perto do ápice da loucura.
— Você gosta de me atrapalhar, não é mesmo, Sr. Harris? — o homem ousa questionar.
— Jamais se atreva a tocar em um fio de cabelo de Charlotte, caso o faça, perderá a sua vida medíocre!
O alerto enquanto começo acertar mais socos contra o seu corpo machucado. Faço menção de bater novamente, mas dois criados adentram ao cômodo em alerta. A atenção deles se volta para o homem ferido em minha frente.
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O Visconde e a Amazona (Obra De Época)
Ficțiune istoricăBroxfield, 23 de abril de 1827. ━ Então é a dama que está vandalizando o meu campo de lavandas? ━ Não vandalizei nada, senhor! Charlotte MacGregor, uma jovem escocesa, decide fugir para o campo para escapar de um casamento arranjado imposto por seu...