Capítulo 7: farei o que o senhor desejar.

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A Sra

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A Sra. Miller foi muito simpática comigo e me trouxe até um quarto de hóspedes para que eu pudesse trocar de roupa e também que eu me banhasse na banheira que está ao meu lado, preenchida por água quente. Também conheci o mordomo, ele é um senhor adorável. Me envolveu com assuntos sobre a arte da pintura e eu gostei de ouvi-lo, pois a voz dele é calma e pacífica. O quarto é lindo e com cores delicadas. Ele é menor do que o meu em Edimburgo.

Agora que parei para refletir sobre o meu lar, uma tristeza me abate. Eu estou com saudades do meu pai e da Tina. Não sei onde eu estava com a cabeça quando optei por fugir e vir para cá.

Por imprudência quase perdi o meu cavalo e sem contar que eu não tenho dinheiro caso Tina precise, pois fui roubada em uma noite que tive que dormir na rua.

Não sei se foi sorte ou azar esse nobre ter me encontrado, mas ele me ajudou. Sei que não me pediu nada em troca, mas tudo tem um preço. Não sou ingênua ao ponto de achar que aqui serei bem tratada assim como eu era na minha casa.

Antes eu tinha luxos, mimos e riqueza além do necessário. Eu supus que fugir me daria a oportunidade de ter a tão liberdade sonhada, mas a liberdade é subestimada. Decidi que ficarei o máximo que puder aqui e então irei retornar para o meu pai, caso ele ainda me queira.

Noto que a minha personalidade mudou um pouco, antes eu era totalmente alegre, apesar de fatigada pela rotina diária que me consumia. Hoje estou mais irritadiça, mal humorada, com os nervos a flor da pele. Creio que com as novas experiências ruins posso ter visto que o mundo não é tão bom assim, mas apesar de tudo estou lutando para recuperar aquele meu lado para poder absorver o pouco de bom que essa aventura me trouxe.

Por sorte os meus pertences não foram roubados porque eles estavam embaixo da saia do meu vestido, somente foi levado o que estava com Atlas. O meu cavalo quase foi furtado, mas ele fincou suas pernas ao chão e então os bandidos não quiseram perder tempo e fugiram com o meu único dinheiro.

— Resultado das suas próprias ações, Charlotte MacGregor. — sorrio tristemente ao me olhar no espelho.

Observo com atenção a minha aparência. No baixo dos meus olhos agora se pode evidenciar olheiras e as minhas sardas estão um pouco mais visíveis. Meus olhos castanhos estão opacos e os meus lábios ressecados. O meu traje é simples e está úmido pela chuva, uma das cortesãs me presenteou com ele. De um tom profundo de azul com algumas rendas por toda extensão, o busto é decotado e eu não estou tão acostumada pela pele extra que ele deixa em evidência.

O Visconde e a Amazona (Obra De Época)Onde histórias criam vida. Descubra agora