Capítulo 23: ela se foi...

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— Você?! — o homem volta a repetir a pergunta e Sebastian e eu nos levantamos para compreender a indagação do homem

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— Você?! — o homem volta a repetir a pergunta e Sebastian e eu nos levantamos para compreender a indagação do homem.

Penso se ele realmente me reconheceu, considerando que estou em um território onde sou uma estranha, e meu pai, uma figura de grande renome. As mentiras se acumulam, e agora dissemos, por duas vezes que somos casados. Que loucura é essa? Quase cedi à tentação de confessar a verdade a Sebastian naquele quarto da estalagem, mas por sorte, fomos interrompidos. Não sei o que teria acontecido se eu tivesse falado. Quando eu partir, será como se nada disso tivesse acontecido, como se a nossa aproximação não passasse de uma miragem.

Há tantas coisas para serem pensadas e ditas que o simples esforço de organizá-las parece desanimador. Com tudo o que tem acontecido, decidi que a melhor saída é ir embora. Ser a Srta. Charlotte Green nunca foi minha verdadeira identidade, embora minhas ações tenham sido sinceras, minhas palavras não foram, e isso é algo que não posso desfazer. Meu nome verdadeiro é Charlotte MacGregor, filha do duque de Buccleuch e Queensberry, e meu pai também carrega o título de conde de Doncaster. Sebastian tem repetido insistentemente que confia plenamente em mim, certo de que jamais eu o enganaria. Mas essa confiança pesa sobre mim como um fardo quase insuportável.

Pisco os olhos para dispersar os pensamentos da minha vida dramática e então tento ver o que o homem que desce as escadas prossegue dizendo. Sebastian põe a sua mão acolhedora em minha cintura, inesperadamente me sinto confortada pela sua atitude.

— Garota insolente! Já te disse para não incomodar os visitantes! Acha que está na sua própria casa? Tenho que te repreender de novo para que entenda quem manda aqui!

— Me desculpe, Sr. Conley. Eu achei a dama muito bonita, mas não era minha intenção incomodá-los.

A criança transforma seu semblante em algo medroso e frágil, e sinto meu coração se partir ao vê-la ser tratada dessa forma apenas por tentar conversar. Esse trabalho é praticamente escravidão, e ainda assim, elas são humilhadas dessa maneira.

— Vou descontar novamente do seu mísero salário, para ver se aprende desta vez! — o homem brada com frieza.

— Por favor, Sr. Conley! Minha mãe está doente, e não temos outro meio de conseguir dinheiro além do meu trabalho! — a menina suplica, caindo de joelhos diante dele.

O Visconde e a Amazona (Obra De Época)Onde histórias criam vida. Descubra agora