Eu te amo, Any

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*Any*

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*Any*

Eu e Savannah estávamos dando risada de nada, sabe quando você está com a sua melhor amiga e vocês começam a rir de absolutamente nada? Quando vocês se encaram e dão risada? Era exatamente isso.

Era estranho pensar que antes eu ouvia falar sobre Savannah, mas raramente, as vezes ele falava de como ela era carinhosa, mesmo à distância, e de como ela se importava. E tudo isso era verdade, ela me conhecia há tão pouco tempo, e já se importava comigo de tal maneira, e era recíproco.

— Eu te amo, Any.

— Do nada, Sav?

— Não, não foi do nada. Eu aprendi a dar valor aos pequenos momentos, e quando estou com você tudo fica leve. Queria deixar claro que me importo com você, e que vou te apoiar, você ficando com Josh, ou não.

— Acho tão legal você não ter medo de falar sobre seus sentimentos, me deixa mais segura. Eu também te amo, Sav. Quando você quebrar a cara pela primeira vez, eu vou estar aqui.

— Obrigada?
Caímos na risada novamente.

— Eu vou no banheiro, se me der licença.

— Claro!

Eu saí do quarto fechando a porta, Savannah estava no seu celular, eu conseguia ouvir gritos vindo do andar de baixo.

— Eu cansei de você. O inútil do seu pai só tinha uma função, e conseguiu estragar tudo. Se você soubesse o quanto que eu me arrependo de ter engravidado.

Eu ouvia uma voz feminina meio trêmula. Eu estava lavando as mãos e a mulher não parava de falar, saí indo até a beira da escada, e vi Josh olhando a mãe dele enquanto respirava fundo.

— Faça mil favores, vai começar a chorar? Amadureça. Você vai acabar igual seu pai, falido.

— Não o meta nisso.

— Isso. - Josh tinha dado as costas à mulher. - Fuja, é isso que os dois sempre fazem.

Ela falava se referindo a ele e ao pai do garoto. Ele me viu na escada, e passou direto ao quarto dele, batendo a porta. Eu fiquei parada sem saber se eu ia avisar a Savannah, ou se eu ia até ele. Eu sabia que ele pagaria de durão na frente da irmã, então fui até a porta.

A porta estava destrancada, mas só uma fresta abria, nada mais.

— Abre a porta, por favor.

— Ela tá aberta.

— E por que eu não consigo entrar?

— Por que você quer entrar? Não foi nada demais.

— Então me deixe entrar. O que está bloqueando a porta?

 O que está bloqueando a porta?

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*Josh*

Eu estava sentado contra a porta enquanto ouvia Any falar, não tinha acontecido nada de diferente, nada mesmo. Mas era a primeira vez que Any via. Eu saí de traz da porta dando espaço para a garota entrar.

— Eu te disse, não foi nada.

— Como não foi nada, J?
Ela falou me abraçando, estava se tornando um hábito ela me chamar de J.

— J... É sério, não precisa ficar aqui, eu estou bem.

— Foi por isso que nunca a conheci? Por que ela te trata assim?

Bingo.

— Não. - Ela se afastou do meu corpo me olhando da mesma maneira que a irmã dela me olhava, como se soubesse que eu estava mentindo. - Tá, foi sim. Não é como se ela me tratasse mal, ela só tem uns picos. Ela é alcoólatra, quando ela está bêbada acaba acontecendo.

— Por isso não deixa a Sav sozinha? Tem medo de que aconteça com ela?

— Na verdade, não sei se aconteceria. Na maioria das vezes, minha mãe fala de como estaria mais feliz vivendo com a família da Savannah, então acho que não aconteceria... Mas sem tempo para autodepreciação, sempre acontece, não é agora que vai me machucar.

Ela me encarava, livremente ela se sentou na minha cama. Eu fiquei meio inconformado, com o quão confortável ela estava se sentindo, e eu estava a admirando com um leve sorriso.

— Que foi? - Ela falou devolvendo o sorriso. - Fiz algo?

— Não, estou só te observando, posso?

— Hm, não sei... Vai ficar em pé aí?

Revirei os olhos ainda sorrindo e me sentei ao lado dela, ela me abraçou de novo, colocando a minha cabeça no ombro dela.

— Para de querer se pagar de durão. Eu sei que não está tudo bem, isso não deveria ser normal.

Eu a abracei fortemente fechando os olhos. Ela tinha razão, não deveria ser normal, mas era. Eu senti algumas lágrimas rolarem meu rosto, enquanto a morena acariciava meu cabelo. Aquilo era uma merda, quando eu voltei para cá, ela tinha falado que não estava bebendo, mas não passou de uma mentira. Ela me disse que não faria isso novamente, e de novo, foi uma mentira.

Eu sempre tentei ser "amedrontador" na escola, eu sempre fui respeitado, tudo isso por eu ter medo de que se repetisse as coisas que aconteciam em casa, na escola. Agora, que eu mudei, eu percebi que isso não importava, o que realmente importava era eu me sentir bem, o que não acontecia antes.

Eu estava rodeado de pessoas maravilhosas, amigos incríveis, e ótimas companhias, nada que ela falasse ia me atingir. Eu senti um impacto forte nas costas.

Savannah entrou no meu quarto e me abraçou, ela havia pulado em minhas costas.
— Vocês tão fazendo o que? - Ela falou com um tom malicioso. - Ah, entendi. O que foi?

Ela viu que eu tinha chorado, me levantei do colo de Any e sequei minhas lágrimas.

— Nada. A mãe acabou de chegar.

— Hm, eu não sou idiota, e você tem que parar de me tratar como uma. Já que vocês não estão fazendo nada, eu vim chamar vocês para assistirem um filme comigo!

— Lá vem... Se não quiser, Any, não precisa. - Eu falei olhando para a morena. - Savannah não tem um gosto muito bom.

— Se fecha. "Sem sinal" procura no YouTube.

Assim nós deitamos na minha cama, conforme o filme da Vih Tube passava em minha TV. Para surpreender zero pessoas, em menos de meia hora minha irmã estava babando em meu travesseiro.

— Eu vou levar ela para o quarto.

— Tudo bem. Vou procurar outra coisa para assistirmos.

Larguei a loira na cama dela, de forma gentil, claro. E voltei correndo para o meu quarto, Any ainda estava procurando um filme.

— Podemos não assistir nada, se quiser.
Falei para ela.

— E faríamos o que?

— Não sei...

— Eu sei.

Logo depois de terminar a frase, Any começou a me beijar, mas nada passou de alguns amassos, afinal, minha irmã estava no quarto do lado.

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