we are not lovers.

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 𝐀𝐍𝐀 𝐅𝐋𝐀́𝐕𝐈𝐀

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𝐀𝐍𝐀 𝐅𝐋𝐀́𝐕𝐈𝐀.
𝗉𝗈𝗂𝗇𝗍 𝗈𝖿 𝗏𝗂𝖾𝗐'
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Corro para o banheiro no momento em que Mioto parece perceber a minha presença, fazendo menção de se virar.

Claro, claro! Como eu não saquei que era ele? O cara vive beijando garotas por aí. Como não saquei que ele estuda aqui?

Bom, talvez seja porque antes do incidente na festa e da noite em seu apartamento, ele fosse invisível para mim. E agora eu até acho melhor que tivesse continuado assim.

— Quero sumir! — Murmuro para mim mesma, enquanto lavo minhas mãos, depois de fazer minhas necessidades.

Achei que nunca mais o veria, e isso, de certa forma me deixou mais tranquila, mas vê-lo de novo...

Não me deixou nem um pouco feliz! Só concluiu que ele é o mesmo idiota cafajeste de sempre, o mesmo que saiu me tratando de maneira rude quando errei uma das portas da República.

Quando saio do banheiro, evito olhar para aquela sala novamente e entro na minha respectiva sala de aula.

Sento-me ao lado de Gabi, enquanto a mesma conversa sobre algo com Murilo, que está sentado na nossa frente, com uma cadeira vaga ao seu lado.

Fico olhando para porta, temendo que o sujeito entre, mas ninguém entra.

— Bom dia, turma! — O professor de português entra com um monte de material nos braços, no qual logo os joga em cima de sua mesa e, em seguida, começa a escrever alguma coisa na lousa.

Abro meu caderno e o zíper do meu estojo.

— Turma, vocês já contaram quantas vezes o Sr.Mioto chegou atrasado na aula? — O professor pergunta, mas não levanto a cabeça para olhar ainda.

Quando acabo de escrever, lentamente e distraidamente levanto a cabeça e vejo Mioto entrando na sala.

Merda. Ele é desta sala.

Ele me encara por um instante, tentando me reconhecer, mas logo abaixo a cabeça novamente, e finjo estar bem concentrada no que estou escrevendo.

Quando ele se senta ao lado de Murilo, se vira de costas para o professor e apoia seu queixo em sua mão em cima da minha mesa, me encarando.

Rosa, é você? — Ele pergunta, inclinando a cabeça para encontrar o meu olhar, dando um sorrisinho.

Logo levanto a cabeça com a minha melhor cara de deboche.

— É, é você mesmo.

— Como é chegar na aula atrasado por transar com alguém?

Não reconheço do que meu tom de voz é carregado. Nem a raiva que atinge o meu peito e o por que de eu ter perguntado isso à ele.

Obviamente, não é problema meu.

Ele levanta uma de suas sobrancelhas, e de repente parece preocupado.

Ele levanta uma de suas sobrancelhas, e de repente parece preocupado.

— Você viu? Pelo amor de Deus rosa, me diz que você não viu.

— Só vi uma parte. — Murmuro, movendo minha caneta com mais força, fazendo minha letra quase rasgar o papel. — A parte em que vocês estavam se comendo com a boca.

— Hum... — Ele vira de costas. — Desculpa por isso.

— Desculpa pelo o que? Você não é meu namorado e nem nada do gênero. — Falo.

Gustavo fica paralisado, mas não me lembro de ter falado nada de errado.

O resto da aula foi de cópia, até chegar a aula mais chata de todas: Química.

Mioto não falou comigo pelo resto da aula de português e o começo da próxima aula. Suspeito que seja por causa do meu comentário.

 Suspeito que seja por causa do meu comentário

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𝗶𝘁'𝘀 𝘆𝗼𝘂 | 𝗆𝗂𝗈𝗍𝖾𝗅𝖺.Onde histórias criam vida. Descubra agora