can i sleep at your house?

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𝐆𝐔𝐒𝐓𝐀𝐕𝐎 𝐌𝐈𝐎𝐓𝐎

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𝐆𝐔𝐒𝐓𝐀𝐕𝐎 𝐌𝐈𝐎𝐓𝐎.
𝗉𝗈𝗂𝗇𝗍 𝗈𝖿 𝗏𝗂𝖾𝗐'
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Depois da aula, o tempo começa a fechar, e justo na hora da saída, começa a chover bem forte.

Um fluxo de pessoas agitadas invade o lado de fora, evitando se molharem. O que é quase impossível, pois a chuva está bem forte mesmo.

Quando eu e Murilo chegamos na saída, ele diz:

Quer que eu te dê uma carona? — Ele pergunta alto, para ser ouvido por trás do barulho. — Sua moto ainda está no concerto?

— Quero, e vou pegar minha moto amanhã no concerto. — Digo a ele.

A idéia era ir andando, mas sem chance de eu ir embora andando nessa chuva. Só se eu quiser encharcar o meu apartamento.

— Ok, vou ver se as meninas também querem. — Ele diz, indo procurar as meninas no meio desse alvoroço.

Vou atrás dele, quando vimos as duas no meio do que parece ser uma discussão.

— Gabriela, não dá para ir andando! Deixa de ser idiota, olha essa chuva! — Ouço Ana Flávia gritando.

Ela está com o corpo atraentemente molhado. Sorrio em sua direção, mas ela parece irritada e revira os olhos.

— Querem carona? — Murilo pergunta.

Sim! A boba da Gabi achou que a gente podia ir andando! — Ana diz, ironicamente.

— Achei mesmo, quem não tem cão, caça com gato! — Gabriela joga as mãos para trás.

— Então bora. — Murilo diz, apertando o botãozinho entre as chaves para ligar o carro.

Quando entramos no carro, Gabriela vai na frente com Murilo, e eu fico atrás com a Ana. Tenho certeza que molhamos todo o banco de Murilo.

( . . . )

Quando chegamos na frente da República delas, eu e Murilo ficamos esperando as duas entrarem, até perceber que elas estavam demorando demais.

Abro o carro impaciente, saindo na chuva e me aproximando das duas.

— Algum problema, rosa? — Eu pergunto.

— A sua rosa, provavelmente deve ter esquecido a chave lá no colégio! — Gabriela grita, indignada.

— Gabriela, a chave sempre fica com você, não vem com essa não! — Ana Flávia inclina seu corpo e se apoia no prédio.

— Vocês não tem uma chave reserva? — Eu pergunto.

— Sim...na imobiliária, mas provavelmente ela não deve estar aberta nesse horário. — Ana diz.

Balanço a cabeça assentindo.

— Então vocês podem ir lá pegar amanhã! — Digo.

— Amanhã, mas como é que a gente vai entrar em casa? Vamos dormir aqui, na entrada? Vou falar com o Murilo, talvez ele nos deixe passar uma noite lá no quarto dele. — Gabi diz, entrando no carro, deixando eu e Ana debaixo da chuva.

— Hum...eu não queria dormir lá. — Ela reclama, cruzando os braços.

Seus olhos passeiam docemente pelo meu rosto, antes dela perguntar:

Posso dormir na sua casa?

— Posso dormir na sua casa?

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𝗶𝘁'𝘀 𝘆𝗼𝘂 | 𝗆𝗂𝗈𝗍𝖾𝗅𝖺.Onde histórias criam vida. Descubra agora