what are we?

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 𝐀𝐍𝐀 𝐅𝐋𝐀́𝐕𝐈𝐀

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𝐀𝐍𝐀 𝐅𝐋𝐀́𝐕𝐈𝐀.
𝗉𝗈𝗂𝗇𝗍 𝗈𝖿 𝗏𝗂𝖾𝗐'
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Depois que todo mundo come e conversa sobre coisas aleatórias, eu me sinto cansada e pesada.

— Ai, eu já vou indo gente... — Digo, me levantando do sofá.

— Eu também já. — Gustavo se levanta. — Vocês vão dormir aqui? — Ele pergunta, enquanto apoia o rosto no meu ombro.

— Hum, podemos! São quase uma da manhã, acho que o Murilo não está afim de levar a gente para casa de novo. Onde eu poderia dormir? — Natasha pergunta.

— Você pode dormir comigo e com a Gabi lá no quarto de hóspedes. — Murilo sugere.

Ela faz uma cara não muito satisfeita, e depois olha para Gustavo. Depois de alguns segundos, eu me viro e digo:

Ah, tudo bem, eu durmo no sofá. — Falo, porque já estou cansada e não quero discutir.

Gustavo balança a cabeça negando, mas antes que ele possa protestar, Natasha já está andando até o quarto dele.

Depois de um tempo, eu pego um travesseiro e outro cobertor para levar para sala. Prendo meu cabelo em um coque e ligo a TV, até pegar no sono.

( . . . )

Acordo de madrugada com um barulho de geladeira, e então percebo que é Gustavo.

— Ela já dormiu. — Ele resmunga, revirando os olhos e pedindo espaço para deitar também.

Ergo um pedacinho da coberta e ele se deita meio que em cima de mim. Fico mexendo no cabelo dele, já que perdi um pouco do sono.

— Então...você nunca teve a curiosidade de conhecer seus verdadeiros pais? — Pergunto em um sussurro, aleatoriamente.

Ele se vira com uma carinha de sono e me dá um beijinho no nariz.

— Não...nunca tive. Perdi as esperanças, sabe? E sempre tive os melhores. — Ele diz, com sua voz ligeiramente rouca.

— Entendi. — Falo, encostando os lábios de leve nos dele.

Seus olhos castanhos estão dilatados, me encarando como se esperassem mais uma pergunta minha.

— E não tem nem um pouquinho de curiosidade para saber como eles eram?

— Um pouco. Mas eles nunca foram presentes na minha vida e não sabem da pessoa que me tornei. Seria a mesma coisa que falar com dois estranhos que me deixaram e não fizeram parte da construção da pessoa que sou hoje. — Ele diz, as palavras se desenrolam conforme ele pensa mais.

Eu faço que sim com a cabeça, concordando em parte com ele.

— E você? Como estão seus pais? — Ele pergunta.

— Acho que bem, não me dão muita notícia. Eles moravam aqui, mas depois que começaram a viajar de lá para cá no trabalho, eu preferi ficar com a Gabriela e as pessoas que eu já conhecia aqui mesmo. Era bem cansativo ficar pulando de colégio em colégio durante duas semanas, e já mudar para outro.

— Devia ser mesmo, mas ainda bem que você ficou aqui. Imagina só, se eu nunca tivesse conhecido essa garota incrível... — Ele se inclina de leve e me beija.

Meu corpo se ouriça quando sua língua desliza de leve no céu da minha boca.

— E eu preciso conhecer os donos dessa lindeza aqui. — Ele diz, sorrindo de um jeito que fez borboletas voarem pelo meu estômago.

Solto uma risadinha e me entrego ao beijo dele. Fico pensando que nunca poderei conhecer os pais deles de verdade, e eu gostaria muito de saber a quem ele puxou esses traços tão lindos.

De repente, uma pergunta passa pela minha cabeça e escapa dos meus lábios:

— Gu, o quê nós somos? — Eu pergunto.

Ele me encara de leve.

— Eu queria...humm, saber o que nós somos. Tipo... — Pergunto de novo, mas só serve para minha língua se enrolar e eu tropeçar nas minhas próprias palavras.

Ele dá um sorrisinho e afasta as mechas bagunçadas do meu rosto

— Eu não quero te chamar de namorada porque sei que você é muito, muito mais que isso para mim. Mas se isso for a única forma de eu dizer para o mundo que você é a pessoa que eu amo, então sim, somos namorados.

Eu interrompo seu discurso dando um beijo nele, passeando a língua de maneira cuidadosa para sentir cada pedacinho da boca dele.

Eu amo tanto esse garoto.

Ele me vira e me agarra, colando a boca no meu ouvido e chupando-o de leve.

Eu te amo. — Ele sussurra.

Meu coração dá um salto, e eu respondo:

Eu também te amo.

— Eu também te amo

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𝗶𝘁'𝘀 𝘆𝗼𝘂 | 𝗆𝗂𝗈𝗍𝖾𝗅𝖺.Onde histórias criam vida. Descubra agora