sleeping with a spoon.

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 𝐀𝐍𝐀 𝐅𝐋𝐀́𝐕𝐈𝐀

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𝐀𝐍𝐀 𝐅𝐋𝐀́𝐕𝐈𝐀.
𝗉𝗈𝗂𝗇𝗍 𝗈𝖿 𝗏𝗂𝖾𝗐'
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Rosa, vou dormir, tá? Estou com sono. — Gustavo diz, se jogando na cama, ao meu lado.

Vejo que dessa vez, ele não puxou o colchão no chão, porém não reclamo, ao invés disso, termino de tomar meu chocolate quente e vou até o guarda roupa, pegando duas cobertas.

Então me deito perto dele, e fico esperando o sono vir. Ouço o barulho das gotas de chuva na janela, e mesmo que dessa vez ela esteja fechada, ainda sinto frio. Mioto não tem nada além de duas cobertas em seu guarda roupa.

— Gustavo, ainda estou com frio. — Resmungo, sem conseguir conter os pequenos tremores em meu corpo.

— Então vem cá, rosa. — Ele abre os braços preguiçosamente na minha direção.

Abro a boca para resmungar um nem ferrando, mas sinto seus dois braços me agarrando e me puxando para perto de si. Meu corpo se incendeia conforme o calor que nossos corpos nos envolve.

Ele me gruda, literalmente de conchinha nele. E, sem conseguir conter meus pensamentos, é a coisa mais gostosa. Sem dizer nada, me aconchego e tento esconder um sorriso.

Um cheirinho familiar de sabonete paira pelo meu nariz. Meus olhos vão se fechando conforme me sinto mole e segura em seus braços.

— Boa noite, rosa. — Ele susurra perto do meu ouvido, antes de grudar os lábios em meu pescoço e descansar seu rosto ali, roncando baixinho.

A sensação de efervescência no meu peito não sai, até eu dormir.

( . . . )

Quando acordo, Mioto não está mais ao meu lado.

Me levanto e vou até a cozinha, prendendo meu cabelo em um coque, e me esforçando para enxergar o movimento.

Quando vejo, Gustavo está daquele jeito que eu adoro; o cabelo bagunçado e o rosto praticamente adormecido.

— Bom dia, rosa. — Ele diz, com a voz rouca.

Dou-lhe um sorrisinho e me sento na frente do balcão, enquanto ele coloca uma caneca na minha frente.

— Bom dia. — Respondo.

Quando pego a caneca, deixo uma mecha de cabelo cair sobre meu rosto. Ergo a mão para afastá-la, mas a mão de Mioto a alcança primeiro.

Seus dedos fazem meu rosto formigar quando ele os desliza, escondendo minha mecha atrás da orelha.

Fico sem graça, e torço para que ele não tenha percebido meu rosto quente, mas sua risadinha diz tudo.

— Fui buscar minha moto, não quis te acordar. — Ele diz.

— Foi buscar sua moto? Desse jeito? — Inclino minha cabeça na direção de seu corpo.

— Fui e voltei rapidão, deu tempo de eu voltar a dormir mais um pouco.

— Entendi...espera, moto? Você tem uma moto? — Eu arregalo os olhos.

— Tenho! — Ele sorri. — E nós vamos com ela pro colégio hoje. — Acrescenta.

— Nós...nós o que? Mioto, eu morro de medo dessas coisas. — Digo e ele dá de ombros junto com uma risada, vestindo sua camiseta.

— Preciso passar na imobiliária e pegar minha chave, antes. — Falo.

— Certo, vamos. — Ele pega a chave, inclinando a cabeça na direção da porta.

— E eu vou desse jeito? — Pergunto, olhando para mim mesma.

— Quer que eu te dê outra camiseta? — Ele pergunta e eu nego com a cabeça, olhando para a camiseta cheirosa que dormi.

— Gostei dela. — Dou um sorriso e passo pela porta.

Tenho certeza que ele está sorrindo agora.

Tenho certeza que ele está sorrindo agora

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𝗶𝘁'𝘀 𝘆𝗼𝘂 | 𝗆𝗂𝗈𝗍𝖾𝗅𝖺.Onde histórias criam vida. Descubra agora