𝐀𝐍𝐀 𝐅𝐋𝐀́𝐕𝐈𝐀.
𝗉𝗈𝗂𝗇𝗍 𝗈𝖿 𝗏𝗂𝖾𝗐'
_________________________________Saio do banheiro e vou até o quarto de Gustavo para me vestir, então ouço meu celular vibrar. Vejo o nome da Gabi na tela e o atendo, deixando-o no viva voz enquanto me visto.
— Estamos no estacionamento, então se tiver algum resquício de sexo por aí, eu vou ficar brav...
— Credo, Gabriela!
— Tô brincando. Só liguei para vocês abrirem pra gente aqui.
— Tá bom. Vou avisar a portaria.
Eu termino de me vestir; uma blusa moletom cinza e uma leggin preta, simples o bastante para ficar em casa. Gustavo sai do banheiro secando o cabelo com uma toalha.
— Tá vendo isso aqui? — Ele aponta para uma região de seu pescoço, onde há uma mancha meio roxa e escura em sua pele.
Dou um sorrisinho inocente.
— Me diz como é que eu vou esconder isso.
— É aquele ditado...lei do retorno nunca falha. — Eu o provoco.
— Mas eu deixei mais uma em você... — Ele sussurra no meu ouvido e eu o empurro de leve.
Quando vou me aproximar para beijá-lo, ouço batidas na porta e vou até lá para atender.
— Oi Ana Flávia. — Natasha passa por mim com um sorriso descaradamente falso.
Não devolvo a gentileza, apenas desvio meu olhar para Gabriela, a quem eu abraço e deixo Murilo passar.
— O quê vamos fazer hoje? — Gabi bate uma palma e se joga no sofá. — Eu pensei da gente cozinhar alguma coisa e assistir um filme, o que vocês acham?
— Da última vez que viemos aqui, o Gustavo tinha hambúrguer no congelador. — Murilo comenta, se sentando no sofá ao lado de Gabi, que tinha acabado de ligar a TV.
— Na verdade não tem mais. — Falo e somos interrompidos quando Gustavo sai do quarto e aparece na sala.
Natasha praticamente se joga em cima dele.
Posso estar sendo muito ciumenta? Sim.
Eu ligo? Não.
— Oi! Eu te mandei um monte de mensagens, por que você não respondeu? — Ela o abraça.
— Eu estava ocupado...
— E não era da sua conta né? Deixa garoto em paz, Natasha! — Murilo diz.
Ela bufa irritada, e então muda de assunto:
— Okay, o quê a gente pode fazer hoje? — Ela pergunta.
— Todos concordamos em fazer um prato. — Diz
Murilo.— Vamos deixar que o Chef Mioto decida. — Gabi diz, provocando risadas nossas.
— Tá bom. Eu posso fazer strogonoff. Não sou muito bom, mas vou tentar. — Ele diz. — Rosa, vem cá me...
— Quer que eu te ajude, Miotinho? — Natasha sugere, piscando exageradamente algumas vezes na frente dele.
Gustavo Mioto não responde nada, apenas olha para mim com cara de quem não sabe o que fazer. Ele vai em direção a cozinha e tira algumas coisas da geladeira.
Natasha vai até ele toda eufórica, e se posiciona ao lado dele.
— Hmm, rosa, você pode cortar o frang...
— Eu corto! Quer dizer, eu não sei, mas você poderia me ensinar! — Natasha diz, com aquela voz estridente e enjoada que me faz considerar a idéia de, ao invés do frango, a cabeça dela estar naquela tábua.
— Ele pediu para mim. — Falo, sem conseguir me conter, em alto e bom som. — É mais eficiente...pra você não machucar o dedo, né? — Eu cubro um pouco minhas palavras e abro a geladeira.
Gustavo parece confuso, enquanto liga a panela e vai fazendo o molho, com a ajuda de Natasha para pegar as coisas para ele.
Quando ela chega perto de mim, onde estou cortando o frango em quadradinhos, praticamente coloca o dedo em cima da tábua, me fazendo acidentalmente cortar seu dedo.
No mesmo momento, ela tira o dedo de lá.
— Ai! — Ela grita.
— Ai, foi mal. Não foi por mal, sério...toma cuidado, você não viu que eu estava cortando? — Tento parecer compreensiva ao invés de irritada.
Mas ela nem me escuta. Está concentrada em saber o que Gustavo Mioto irá fazer por ela.
Murilo e Gabriela estão conversando na frente da TV, por isso não estão prestando atenção na encenação de Natasha. Nem nela se jogando para cima de Gustavo, como se ele pudesse salvá- la do monstro horrível que agora me tornei.
— Mioto, você tem algum curativo? — Ela pergunta manhosa, depois de ele só olhar para cara dela e não fazer nada.
Foi só um cortinho, o que ela queria que ele fizesse? Desse um beijinho e curasse seu dodói? Coitada.
— Tem, lá no banheiro. — Ele responde.
— Eu não sei onde é... — Ela pisca, dando um sorrisinho.
— Segunda porta à direita. — Eu digo.
Ela me lança um sorrisinho falso e se volta para Gustavo de novo.
— Você podia me mostrar? — Ela pergunta para ele.
Ok, ela já está abusando demais.
— Eu acabei de dizer que é a segunda porta à direita. Ele está ocupado e não vai parar para te mostrar onde é o banheiro, você tem capacidade suficiente para saber onde fica, não machucou a perna e nem os olhos, então vai logo. — Eu digo.
Talvez eu tenha sido grossa demais? Sim, mas nem me importo.
Sinceramente, minha paciência se esgotou. Ela me lança um olhar frio e se vira, com certeza humilhada o bastante para não dizer mais nenhuma palavra. E espero que fique assim pelo resto da noite.
— Caralho, rosa! — Gustavo murmurra, enquanto eu jogo o frango dentro da panela com raiva.
Ele se aproxima de mim, dando uma risadinha e um beijinho na minha bochecha.
— Você não acha que deveria pegar mais leve com ela?
Eu o encaro, com raiva.
— Tá bom, tá bom. Não está mais aqui quem falou. — Ele diz, com seus braços levantados em sinal de rendimento.
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𝗶𝘁'𝘀 𝘆𝗼𝘂 | 𝗆𝗂𝗈𝗍𝖾𝗅𝖺.
Fanfiction▌╰╮𝐈𝐓'𝐒 𝐘𝐎𝐔• # !! a miotela fanfiction~ #* > © ! + ~l 𝗽𝗿𝗼𝗻𝗴𝘀𝘀𝘁𝘆𝗹𝗲𝘀 𝗼𝗻𝗱𝗲 a palavra "apaixonada" sempre esteve riscada do dicionário de ana flávia castela, ela nunca acreditou totalmente na possibilidade de se apaixonar - nem mes...