Livro 5 - Capítulo 10

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Mesmo antes de Amy terminar, Jack estava ereto. 

— O que? Agora?

— Sim! — ofegou Amy. — O velo já saiu 

Jack entrou no corredor a passos largos. 

— Lou! Temos uma emergência! — ele gritou, vestindo seu casaco. — Onde está o balde de coisas, Amy?

— Na sala de arreios. Devo ligar para Scott?

Foi quando Lou entrou correndo na cozinha. 

— O que foi? — Ela olhou para seu avô e Amy. — O que está acontecendo? 

— Melody está parindo — disse Jack. Ele caminhou até a porta. — Você pode ligar para Scott? Vou para o estábulo com Amy.

Lou correu para o telefone, aparentemente alheia à discussão com Jack. Ela digitou o número e perguntou: 

— Há mais alguma coisa que eu precise fazer?

— Você pode ferver um pouco de água e levar para o estábulo?

— Ok.

Jack saiu. Amy correu atrás dele. Juntos, eles atravessaram a nevasca até a sala de arreios para pegar o balde.

— Só espero que seja um parto fácil — Jack gritou ao vento, dirigindo-se ao estábulo. — Não vai ser fácil para Scott chegar aqui agora.

Chegaram ao estábulo. As luzes lançavam um brilho intenso na neve. Amy correu pelo corredor, o balde de coisas agarrado ao peito, seu avô a seguindo.

Finalmente eles estavam juntos no camarote de Melody. 

— Ela ainda está parindo! — ofegou Amy.

A égua castanha estava na palha. Seus flancos ficaram tensos em uma contração e a égua gemeu. Amy queria deslizar o ferrolho para trás, mas seu avô a impediu.

— É melhor ficarmos aqui por um tempo. Os animais preferem ficar sozinhos quando dão à luz. Se entrarmos agora, ela pode ficar chateada. Se for um parto normal, é melhor deixá-la fazer sozinha.

Amy olhou para a parte traseira de Melody. O saco sob seu rabo, a lã que cercava o potro, havia se expandido.

— Já posso ver os cascos da frente — disse Jack. — Isso é um bom sinal, porque significa que o potro não está deitado para trás.

Amy olhou de perto e viu que ele estava certo. Através da membrana protetora ela viu dois pequenos cascos.

Os flancos de Melody se contraíram novamente e os cascos e as patas dianteiras do potro saíram um pouco mais.

— O nariz dele está vindo agora? — perguntou Amy.

Jack assentiu. 

— Se tudo correr bem, ele vai deitar com o nariz contra as patas dianteiras.

Melody teve mais algumas contrações e Amy e Jack assistiram. Nada aconteceu; nem um único nariz apareceu. Melody gemeu.

— O que está acontecendo? Por que o nariz não sai? — Amy perguntou ansiosamente.

Jack balançou a cabeça. 

— Não sei. — Ele franziu as sobrancelhas. — Só espero que não seja uma posição ruim.

— O que você quer dizer? — Amy perguntou rapidamente.

— Às vezes, um potro não se deita bem, por exemplo, quando a cabeça está inclinada para trás, ou entre as patas dianteiras. Ele fica preso e a égua não consegue tirá-lo. Se for esse o caso, Melody não pode fazer isso sozinha. 

Heartland - Lauren Brooke (Volume Único) - PTBROnde histórias criam vida. Descubra agora