Tim seguiu Amy pela entrada até o pasto vazio. Devido à forte chuva que caiu recentemente e porque nenhum cavalo havia pastado, a grama estava lindamente verde. No meio da campina havia um pequeno carvalho solitário. Bem definidos contra o céu, novos botões cresciam nos galhos finos.
Amy abriu o portão e se aproximou. Ao lado da árvore havia uma pequena colina. Antigamente era terra nua, mas agora crescia sobre ela uma fina camada de grama.
Amy não precisou dizer nada. Tim se ajoelhou próximo ao monte com sua mão no chão. Ele ficou em silêncio por um momento. Depois de um tempo, ele olhou para Amy.
— Lembro-me de quando você era muito pequena. Você se recusou a ficar em casa quando sua mãe, Lou e eu fomos cavalgar, então selei você em Pegasus. Ele era um cavalo completamente diferente quando sabia que você estava nas costas dele, eu juro. Ele nunca resistiu ou intimidou como fazia quando eu estava sozinho.
Amy assentiu.
— Lembro-me vagamente de brincar embaixo da barriga dele quando mamãe o escovava ou limpava sua baia. Mal podia esperar até ser grande o suficiente para limpá-lo sozinha.
Tim sorriu para ela.
— Ele era único.
— O melhor do mundo — Amy assentiu.
— E tão corajoso. — Os olhos de Tim ficaram turvos com a lembrança. — Qualquer outro cavalo teria se recusado a saltar em um ângulo tão agudo, mas ele não. Ele confiou em mim, então foi e... — Ele colocou a mão sobre os olhos e suspirou.
Amy entendeu que seu pai estava falando sobre o campeonato mundial quando ele conduziu Pegasus muito bruscamente até um obstáculo. O cavalo pegou a trave superior entre as patas dianteiras e foi derrubado no chão. Tim respirou fundo.
— Não importa quantos anos passem, a tristeza nunca passa. — Ele olhou para ela. — Mas Pegasus teve sorte de você e sua mãe estarem lá para cuidar dele.
Amy não sabia o que dizer. Por um lado, ela queria gritar que ele não tinha permissão para dizer tais coisas, que ele nunca tinha ido embora se ele amasse tanto Pegasus... e elas. Mas, por outro lado, ela viu o amor e a tristeza nos olhos do pai. Ele tomou a decisão por ela apertando seu ombro brevemente.
— Estou tão feliz que você também o amou, Amy.
Foi nesse momento que Amy realmente deixou de lado sua raiva. Seu pai amava Pegasus tanto quanto ela, e isso era o suficiente por enquanto. Ela olhou nos olhos dele.
— Sim — ela sussurrou. — E eu ainda o amo.
Lado a lado, eles olhavam para o túmulo, seu amor por Pegasus os unindo.
Tim se ajoelhou novamente.
— Durma bem, velho amigo — ele sussurrou com a mão na grama.
Depois de alguns minutos ele se levantou.
— Bem, sim — ele disse com uma voz mais leve. — Acho que eu não deveria te segurar aqui por mais tempo. Não quando ainda há tanto para fazer.
Amy olhou para o lado. Os cantos da boca de Tim se ergueram quase imperceptivelmente. Antes que ela percebesse, ela estava sorrindo de volta.
— Acho que podemos conseguir — disse ela timidamente.
— A propósito, eu falei sério ontem — disse ele enquanto voltavam. — Eu adoraria dar um passeio lá fora
— Bem, isso é possível. — Amy fechou o portão atrás dela. — Depois do almoço, por exemplo.
— Você acha que vale a pena perguntar a Lou se ela quer ir? — Tim perguntou. Amy balançou a cabeça e Tim suspirou.
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Heartland - Lauren Brooke (Volume Único) - PTBR
RomanceTradução dos livros de Heartland escritos por Lauren Brooke e adaptada para a série canadense Heartland. Tradução NÃO OFICIAL! De fã para fã. Sem fins lucrativos. Heartland segue Amy Fleming pela morte de sua mãe e seu esforço para continuar a tra...