Amy endureceu. Lou colocou o resto da correspondência no teto do carro e começou a rasgar o envelope fino. Suas bochechas brilharam de excitação. Amy de repente se sentiu mal. Uma carta de seu pai. Ela caminhou lentamente em direção a sua irmã.
Os olhos de Lou voaram sobre as linhas.
— Ele diz que sentiu muito por não ter falado conosco. E ele quer vir.
Amy olhou para a caligrafia desconhecida. As letras arrumadas estavam todas um pouco inclinadas para a frente.
— Oh — Lou disse de repente. — Ele quer vir em fevereiro, ele virá a negócios.
Por um momento, Amy se deteve nessa palavra. Negócios. Que negócio? O que o pai deles estava realmente fazendo? Só então ela percebeu o quão monótona a voz de Lou tinha soado.
— Fevereiro? — ela repetiu. — Mas isso é apenas em três meses.
Lou assentiu e Amy viu o olhar animado nos olhos de Lou se transformar em decepção.
— Eu não acho que ele tem tempo para isso. — Ela olhou para a carta novamente. — Nem sequer tem um número de telefone. Então eu não posso ligar para ele para perguntar se ele pode vir mais cedo. Há apenas um endereço. — Ela deu a carta para Amy.
No verso estava o endereço: Tim Fleming, Oak Farm, Willoughby, Gloucestershire, Inglaterra. Amy virou a carta e a leu rapidamente.
Caro Lu,
Muito obrigado por sua carta. Eu realmente queria ver você e Amy quando estive na América, mas seu avô me mandou embora. Não posso culpá-lo. Eu sei que ele tentou te proteger, mas ele não sabe o quanto eu queria ver vocês, quantas vezes eu pensei em vocês, minhas duas meninas. O que aconteceu com vocês? Quem vocês se parecem? Eu adoraria ver vocês duas novamente. Infelizmente não posso voltar agora, mas talvez em fevereiro? Estarei em Nova York a negócios então, posso ir até aí. Desculpe não poder ir mais cedo, mas está tudo um pouco difícil agora. Eu explico quando chegar. Até lá, cuide-se, diga a Amy que a amo e lembre-se de que penso em vocês todos os dias.
Muito amor,
Papai
Amy estava passando por um momento difícil. Diga a Amy que eu a amo. Ela leu as palavras mais de três vezes. Era como se houvesse um fio invisível correndo entre ela e o pai que ela nunca tinha conhecido. Mas ela não queria seu amor. Que direito ele tinha de dizer isso? A carta fazia parecer que ele estava apenas de férias, não que ele estivesse fora de sua vida por doze longos anos. E ele certamente não escreveu nada sobre a mãe deles.
Ela devolveu a carta a Lou.
— O que você vai fazer agora?
— Eu não sei — Lou disse lentamente.
— Fevereiro vai chegar antes que você perceba.
Lou olhou para a carta e não respondeu.
Pelo resto do dia, Amy tentou não pensar na carta, nem em conhecer o pai. Ela só queria esquecer tudo. Naquela noite, ela ligou para Soraya e contou tudo sobre a visita de Ashley.
— Você deveria ter estado lá. Ela estava quase pendurada no pescoço de Ben!
— Oh, maravilhoso — gemeu Soraya. — Como se eu ainda tivesse uma chance com a Ashley no caminho.
— Mas ele não gosta nada dela — disse Amy. — Isso é o que ele mesmo disse. — Ela se perguntou se deveria contar a Soraya que Ben havia dito que não queria um relacionamento agora, mas decidiu que não. Isso só deixaria Soraya triste e, além disso, talvez ele nem estivesse falando sério. Ela tentou se lembrar do que ele disse sobre Ashley. — Ben disse que conheceu muitas garotas como ela e as achou muito chatas.
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Heartland - Lauren Brooke (Volume Único) - PTBR
Lãng mạnTradução dos livros de Heartland escritos por Lauren Brooke e adaptada para a série canadense Heartland. Tradução NÃO OFICIAL! De fã para fã. Sem fins lucrativos. Heartland segue Amy Fleming pela morte de sua mãe e seu esforço para continuar a tra...