— Rosa, é você mesmo? — Aperto levemente seu braço, fazendo ela rir e revirar os olhos.
— É que eu não sou acostumada a dormir lá, e depois de um dia cheio, eu queria ir pelo menos para um lugar que eu conhecesse, como o seu apartamento... — Ela parece um pouco envergonhada.
Abro um sorriso.
— Claro. Sempre estarei de portas abertas para te receber, rosa... — Pego uma mecha de seu cabelo, enrolando-o com o dedo, mas ela me dá um tapinha brincalhão, afastando minha mão dali.
Ao invés de manter minha mão ao lado do meu corpo, ela a pega e me leva até o carro. Fico bobo, olhando para nossas mãos juntas e a euforia que meu corpo faz quando ela me toca, aumentando meu desejo de fazer isso mais vezes.
— Mioto, a Gabriela vai dormir lá em casa junto com a Ana, quer que eu te leve até sua...
— Não, é...eu vou dormir na casa dele. — Diz Ana, interrompendo Murilo e olhando para a janela com um sorrisinho contido.
— Ana Flávia, sua safada! — Gabriela grita e começa a rir, enquanto Ana se inclina para bater na mesma.
— Vocês já molharam meu carro, não vão arregaçar ele, pelo amor de Deus! — Murilo reclama, fazendo as duas pararem.
— O carro dele, é o filho dele. — Digo.
— Sempre foi, ele é capaz de preferir o carro do que eu. — Gabi diz.
Murilo pega seu braço e a puxa para perto de si, logo os dois dão um selinho.
— Você sabe que não, mô. — Ele susurra.
Eu e Ana nos entreolhamos, torcendo o nariz e caindo na risada com a demonstração de afeto dos dois.
( . . . )
Depois que Murilo para o carro em frente ao prédio do meu apartamento, pego minhas coisas e as de Ana, e ajudo ela a descer, me despedindo de todos e entrando com ela no prédio.
