• Capítulo Quarenta-Quatro - Perfeição

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• ARIANA GRANDE •
— Toronto, Canadá.

Quando a nossa belíssima festa de casamento terminou, naturalmente pensei que iríamos direto para o aeroporto, mas naturalmente Justin ainda tinha mais formas de me surpreender e foi por isso que a nossa rota mudou até o hotel mais caro da cidade.

— Por que estamos parando aqui? — Indago, sem entender.

— São quase catorze horas até Creta, não queria que passassemos o nosso primeiro dia de lua em um avião, não quando eu sei o quanto você está cansada. — Ele dá os ombros.

— Mas nossa família acha que vamos hoje. — Eu comento, quando me lembro de toda aquela despedida que tivemos que passar no término da festa.

— Eu quis que pensassem assim, porque sabia que eles só não deixariam em paz se achassem que viajariamos hoje. — Ele se defende. — Fiz mal?

— Não, eu também queria ficar sozinha com você. — Sorrio de canto.

As nossas malas são levadas para o nosso quarto enquanto o Justin faz o nosso check-in. Ele me segura pela mão e eu posso notar todos os olhares em nós, afinal ainda estamos vestidos com a roupa do nosso casamento.

— Vamos? — Justin me estende a mão.

Seguro a sua mão e os olhares de todos que estão naquela recepção não me incomodam, porque tudo o que importa é que ele está ao meu lado.

— Todo mundo tá olhando pra gente. — Comento com ele quando adentramos o elevador.

— Acho que estão olhando para você. — Ele me encara, quando as portas se fecham. — Você está perfeita, Ariana.

— Você estava mesmo falando sério quando me disse que eu ouviria você falando isso várias vezes. — Eu brinco. — Será que você vai se acostumar com a ideia de me ver acordando todos os dias com cara de sono?

— O vestido não passa de um adereço, porque a perfeição é você mesmo. — Ele sorri, abertamente.

Justin sabia como tirar o meu fôlego com apenas algumas palavras e ele sabia muito bem disso.

As portas são abertas quando o nosso andar finalmente chega e saímos juntos do elevador.

— Qual é o nosso quarto? — Eu indago sem olha-lo quando noto as diversas portas naquele corredor.

— Quarto duzentos e dois. — Ele me diz enquanto caminhamos juntos.

Não passamos por muitas portas até que finalmente chegássemos a nossa, Justin usa o cartão para desbloquear a porta e antes que eu possa entrar, ele me pega no colo, me deixando totalmente surpresa.

— O que é isso? — Eu sorrio.

— Digamos que tudo o que eu tenho de modernidade também tenho de moda antiga. — Ele caminha comigo nos braços até o nosso quarto.

— Você sempre me surpreende. — Eu sorrio abertamente quando ele me coloca na cama com delicadeza. — É um perfeito cavalheiro.

— Não é nada menos do que você merece, baby. — Justin me lança uma piscadela e volta até a porta para fechar a mesma. — O que achou do quarto?

Era extremamente luxuoso e grande, se parecia mais com um apartamento do que com apenas um quarto de motel. Possuía uma área conjugada com um sofá, uma enorme televisão, a cama era gigantesca e um frigobar.

— Maravilhoso. — Sou sincera. — Será que tem algo de doce nesse frigobar?

— Doce? — Ele ri.

— Eu não comi o bolo. — Me lamento.

— Provavelmente o de sempre, apenas chocolate. — Ele faz careta. — Mas tenho uma surpresa para você.

— O que? — Franzo a testa sem entender.

Justin caminha até a sua mala, abre a mesma devagar e retira de lá uma espécie de tupperwere e dois garfos então caminha em minha direção e se senta ao meu lado na cama.

— Depois de me livrar da minha dança interminável com a minha mãe, fui até a cozinha e peguei bolo pra gente. — Ele me entrega um garfo enquanto abre a vasilha. — Sabia que você correria um grande risco de não comer bolo.

O sorriso no meu rosto era gigante, Justin sempre conseguia me surpreender da melhor forma possível, mas era nos pequenos gestos que ele realmente me ganhava.

— Obrigada, eu amei, sério. — Sou sincera.

— Nada mais justo do que a noiva comer o seu bolo.

— Acredite, é ainda mais prazeroso fazer isso quando está apenas nós dois e sabemos que não seremos interrompidos. — Sorrio antes de comer um pedaço do bolo. — Mas, preciso saber, como conseguiu esse tupperwere?

— Trouxe de casa. — Ele dá os ombros.

— Então você já tinha isso premeditado? — Eu quis saber.

— Digamos que eu tinha uma lista imaginaria do que fazer essa noite.

— Me conta. — Eu peço.

— Primeiro, eu tinha que ir até você antes da cerimônia para dizer os meus votos, porque não queria ter que ser falso ao recitar os que o meu pai escreveu.

— E acabou que você nem os fez. — Eu balanço a cabeça rindo.

— Ele estava tão bêbado que nem notou e o mais importante, os de verdade, os que eu queria mesmo falar, você ouviu. — Ele dá os ombros, tranquilo enquanto come o bolo.

— E depois? — O encorajo a continuar.

— Tinha que chegar na igreja antes de você e isso significava que eu não podia me atrasar, então dizer sim a minha bela noiva, para torna-la finalmente a minha esposa. — Ele sorri de canto. — E  deixar um tupperwere no carro e se eu percebesse que você não teve a chance de comer o bolo da festa, eu deveria ir discretamente até a cozinha conseguir um pedaço ou dois para nós.

— E depois enganar todos naquela festa com o falso pretexto de que viajariamos hoje para me trazer a esse lindo quarto? — Eu concluo por ele.

— Exatamente. — Ele me olha nos olhos. — E o último passo da minha lista com certeza seria te ajudar a tirar esse vestido de noiva.

— Nem terminamos de comer o bolo e você já quer me deixar nua? — Sorrio de canto.

— Você quem pensou em safadeza. — Ele se defende com um sorriso. — Eu só pensei que teria que te ajudar a tirar esse vestido porque precisou de duas pessoas para te ajudar a coloca-lo.

— Aposto que você vai ser bem melhor tirando a minha roupa. — O encaro profundamente.

Justin podia estar inseguro com a nossa primeira vez, mas eu não estava, porque de verdade, eu sentia que poderia fazer qualquer coisa desde que eu estivesse com ele.

— Vamos tentar a sorte.

— E por quê não tenta agora? — Me levanto da cama abandonando o bolo.

Justin sequer hesitou, apenas se levantou da cama e caminhou até a mim devagar. A tensão entre nós era evidente, até mesmo quando ele desabotoava botão por botão do meu enorme vestido de noiva.

E quando senti ele desfazer o enorme laço brilhante, eu me virei para ele, deci as minhas alças e senti o meu vestido despencar no chão, e de novo eu vi aquele brilho nos olhos dele, o mesmo quando me viu com o vestido de noiva pela primeira vez, mas agora eu estava sem ele.

O que me fazia crer que ele falava a verdade quando dizia que achava que a perfeição era eu.

E eu não podia negar, o meu sinônimo de perfeição era ele.

DYNASTYOnde histórias criam vida. Descubra agora