• Capítulo Cinco - Desprezível

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• ARIANA GRANDE •
— Toronto, Canadá.

Meu vestido estava perfeitamente alinhado em meu corpo, meus cabelos estavam soltos e eu tinha uma maquiagem não muito exagerada no rosto. Era apenas um jantar, não havia necessidade de estar tão arrumada, mas sabia que era melhor caprichar do que ter que ouvir as críticas da minha mãe.

— Achei que teria que ir te buscar. — Minha mãe revira os olhos quando desço as escadas.

— Já estou aqui.

— Eles chegaram. — Ela me avisa.

Eu não precisava que ela me desse essa informação, eu conseguia ver o Justin sentado no nosso sofá.

— Jura? — Ironizo. — Eu não tinha percebido.

— Os pais do Justin estão na cozinha com o seu pai. — Ela ignora a minha ironia. — Por que não aproveita para conversar com o seu noivo?

— Que sonho.

— Da tempo, Ariana. — Ela briga.

— Já estou indo. — Bufo.

Termino de descer as escadas e caminho em direção ao Justin, então me sendo ao lado dele enquanto assisto a minha mãe deixar a sala.

Patética essa ideia de me deixar sozinha com ele agora como se num passe de mágica fosse mudar o quão estranhos somos um para o outro.

— Parece que você está lidando com essa situação com seus pais tão bem quanto eu estou lidando com os meus. — Ele comenta.

É claro que ele ouviu.

— Garanto que você está tão contente em se casar comigo quanto eu estou para me casar com você. — Reviro os olhos.

— O fato de eu ter que casar por um contrato nunca foi bem uma novidade para mim. — Ele me encara. — Pra você foi?

— Meus pais começaram com essa ideia quando seus pais vieram propor esse negócio entre nossas famílias. — Eu dou os ombros. — Então sim.

— Sinto muito.

— Jura? — Eu ri. — Você parece indiferente em relação a tudo.

— Vai adiantar alguma coisa se eu ficar surtando por isso? — Ele me responde com outra pergunta. — Nossos pais não vão mudar de ideia e de qualquer forma já assinamos o contrato.

— Estou fazendo isso sob protesto!

— Escuta aqui, Ariana. — Ele bufa. — Eu também não queria me casar com você se te serve de consolo, mal lembro de você durante o tempo da escola e isso quer dizer alguma coisa.

— Do que você está falando?

— Se eu mal lembro de você do tempo da escola, significa que você nunca esteve no meu radar e que nunca fiquei afim de você. — Ele zomba. — Isso é uma conta simples, você sabe contar?

— Acha que eu me importo de nunca ter feito parte da sua lista de conquistas idiotas? — Eu cruzo os braços. — Você não passava de uma babaca prepotente que se achava por aqueles corredores porque jogava futebol.

DYNASTYOnde histórias criam vida. Descubra agora